JASON BOURNE

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JULIETA

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quarta-feira, 27 de abril de 2016

FELIZ DIA DAS EMPREGADAS DOMÉSTICAS

Por: Juliana Meneses

A relação patrão/empregado muitas vezes é bem complicada, quando mais em relação as empregadas domésticas que muitas vezes sofrem abusos significativos da parte dos patrões, como hora extra não remunerada, muitas dormem no serviço, executando funções que não condizem com suas demandas mas por "serem da família" fazem. Hoje com a PEC das Domésticas, esse quadro vem mudando em nosso país,  contudo ainda vemos muitos patrões que não pagam os direitos de suas funcionárias devidamente. Em homenagem ao dia das Empregadas Domésticas deparamos três filmes imperdíveis sobre o tema:

Veja a seguir




Que Horas Ela Volta?


Vinda de Pernambuco Val (Regina Casé) se mudou para São Paulo com intenção de da uma vida melhor para Jessica, sua única filha, que ficou no interior já que ela moraria no serviço com a função de empregada e baba. Ela cuidou de Fabinho, filho dos patrões que tem a mesma idade de sua filha, por treze nos  Treze anos depois, quando o menino vai prestar vestibular Jessica liga pedindo para ir a São Paulo realizar a mesma prova.  Os patrões de Val recebem a menina muito bem, porém ela não tem o comportamento de submissão de sua mãe e isso provoca uma fúria na patroa que considera a menina inferior a ela e não admite que ela seja uma igual. O filme trata a relação muitas vezes doentia entre patrão/empregado e uma exigência implícita de servidão. Aborda também a questão famíliar das empregadas que se afastam de suas famílias e perdem o vínculo com seus filhos para cuidar dos filhos dos patrões, abrindo mão de suas vidas pessoais. 



Hilda


Suzana, uma típica dondoca, esposa de um homem rico, passa seus dias cercada de empregados aos quais ela acha que trata como da família, mas na verdade, por mais cordial que seja, fica incansavelmente vigiando para ver se eles estão fazendo tudo como ela manda. Ela quer uma babá para cuidar de seu neto que está chegando dos Estados Unidos com o filho e a nora, resolve então contratar a esposa do ex-jardineiro ao qual fez um grande empréstimo para que ele pudesse comprar uma casa. No início a moça, chamada Hilda, se mantinha bem distante da patroa, respeitando a hierarquia tradicional patrão/empregado, mas Suzana não fica satisfeita com isso e pede que ele fale com que ela trata os empregados como amigos, o marido diz a ela para tratá-la como amiga para que fique bem e isso ajude a saldar a dívida que eles tem com a patroa.

Após a empregada acha uma coleção de livros de Marx e  Suzana dar uma entrevista para um documentário que acaba evidenciando sua vida de riqueza, ao invés dos seus ideais da juventude e isso mexe com ela, à partir dai a patroa começa a mudar significativamente de comportamento. Mostra o sentimentos de impotência dos funcionários que  sofrem vários abusos nos locais de trabalho e não sabem como reagir por se verem obrigados a continuar, já que precisam do dinheiro. Utilizando um discurso psicológico,  fala também um retrato da luta de classes, da desigualdade social, do racismo sofrido pelos mexicanos, usando bastante humor.



Histórias Cruzadas


Baseado em best seller de Kathryn Stockett e produzido por Chris Columbus, Histórias Cruzadas conta uma história que se passa em uma cidadezinha no sul dos Estados Unidos, num período onde a segregação racial era muito grande, a discriminação era algo comum e se começava a falar sobre isso problematizando. Uma menina que sonha em tornar-se escritora resolve entrevistar as mulheres negras que trocam suas famílias para cuidar dos filhos e casas dos brancos, sua intenção é que o livro retrate tudo que elas sofrem e o quão absurdo é aquilo. Abordando uma temática não apenas de preconceito racial mas também de classes, o filme mostra como as empregadas negras sofriam com o preconceito praticado pela elite branca e como o processo de inclusão foi e é até hoje longo e complicado.

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