JASON BOURNE

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JULIETA

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domingo, 4 de outubro de 2015

MOSTRA GLOBONEWS EXIBE DOCUMENTÁRIO "INTOLERÂNCIA"

Foi exibido nesse sábado (3) na Mostra GloboNews o documentário "Intolerância" da diretora Renata Baldi.

O longa faz uma contraposição entre as religiões de matriz africanas que são as que mais sofrem preconceito em nosso país, sendo muitas vezes perseguidas inclusive no campo político, e as igrejas evangélicas que são as mais acusadas de praticar atos de intolerância.  

Com um material muito rico o filme relata toda uma história de dor e sofrimento das religiões africanas como Candomblé e Umbanda que são demonizadas por outras religiões, tendo sua fé e seu sagrado desrespeitado de forma cruel, quando não perversa, como no caso da menina Kaylane Coelho que ao sair com sua avó e mãe de santo do terreiro de Candomblé foi insultada verbalmente e em seguida atingida por uma pedra jogada por aqueles que à ofenderam, ou também o caso de Mãe Gilda, ícone de luta contra a intolerância que teve um infarto fulminante após ver uma imagem sua na revista de uma igreja evangélica rotulada como "macumbeiros charlatões", esse caso de injúria foi parar nos tribunais e a igreja teve que pagar a indenização de mais de um milhão de reais,  entre muitos outros casos de perseguição por conta da fé.

Apresenta também o ponto de vista das igrejas evangélicas, que não pensam todas da mesma forma, tendo desde nítidos casos de desrespeito e intolerância até igrejas extremamente acolhedoras e respeitadoras de todos os credos. Assim como igrejas católicas na Bahia que agregam elementos da cultura africana em suas missas e com isso aproximam muitos devotos.

O longa mostra que a questão da fé em um país que deveria ser laico se alastra para outros campos sociais como escolas nas quais as professoras interferem com suas concepções pessoais, desrespeito por parte de governantes, bancadas e determinados credos que beneficiam apenas sua religião; a questão da fé se entrelaça a política e poder e tira a voz de quem mais sofre com o preconceito. O filme gera mais questionamentos para quem assiste, estimulando o debate do assunto em nossa sociedade.

No término do filme houve uma rodada de perguntas para a diretora do filme.

Por Juliana Meneses

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