Sinopse: Susana Le Marchand, uma dona de casa solitária e
ignorada pelo marido rico, está à procura de uma nova empregada. Seu
ex-jardineiro dá para Susana um presente de sua esposa, Hilda. Comovida com o
gesto do empregado, a madame decide contratar a moça. Em meio à frivolidade do
dia a dia do lar burguês, Hilda encontra uma velha coleção de livros marxistas
da patroa. Esse pequeno tesouro leva Susana a se reconectar com sua juventude militante
e esquerdista, e a encarar o vazio de sua vida atual. Ao lado da nova
empregada, ela planeja uma revolução.
Crítica por Juliana
Meneses: Suzana,
uma típica dondoca, esposa de um homem rico, passa seus dias cercada de empregados
aos quais ela acha que trata como da família, mas na verdade, por mais cordial
que seja, fica incansavelmente vigiando para ver se eles estão fazendo tudo
como ela manda. Ela quer uma babá para cuidar de seu neto que está chegando dos
Estados Unidos com o filho e a nora, resolve então contratar a esposa do
ex-jardineiro ao qual fez um grande empréstimo para que ele pudesse comprar uma
casa. No início a moça, chamada Hilda, se mantinha bem distante da patroa,
respeitando a hierarquia tradicional patrão/empregado, mas Suzana não fica
satisfeita com isso e pede que ele fale com que ela trata os empregados como
amigos.
O
filme mostra um retrato da luta de classes, da desigualdade social, do racismo
sofrido pelos mexicanos, usando bastante humor.
Hilda
após a conversa com o marido muda a postura e trata Suzana como se importasse
realmente com ela, quando é explícito que ela faz aquilo para ajudar o marido
com as promissórias que eles devem a patroa. A empregada acha uma coleção de
livros de Marx e Suzana relembra a jovem, após dar uma entrevista para um
documentário que evidência sua vida de riqueza, esquecendo seus ideais da
juventude e isso mexe com Suzana, à
partir dai ela começa a mudar significativamente de comportamento.
O
roteiro faz uma sátira muito divertida sobre a relação dos empregados com seus
patrões, sobre as exigências de comportamento. O marido de Suzana, autoritário,
que não lhe dá valor, representa aqueles que descrimina a classe trabalhadora,
enquanto ela tenta ajudar seus empregados, mas ela também usa seu poder de
patroa para mandar e influenciar diretamente a vida pessoal deles. Adriana Paz (Hilda) e Verónica Langer (Suzana) fazem um ótimo trabalho
no longa, com atuações muito boas.
A
direção de Andrés Clariond aborda o tema das mulheres que deixam suas casas
para cuidar da casa de outras pessoas sem utilizar um discurso demagógico, o sentimento
de impotência dos funcionários que sofrem
vários abusos nos locais de trabalho e não sabem como reagir por se verem
obrigados a continuar, já que precisam do dinheiro. Utilizando um discurso psicológico e também de
humor negro, ele retrata uma mulher que chega as últimas consequências para manter-se
acompanhada.
Ficha
Técnica
Título Original: Hilda
Título no Brasil: Hilda
Direção: Andrês Clariond Rangel
Roteiro: Andrês Clariond Rangel
Elenco: Adriana
Paz, Anna Cetti, David Gaitán, Eduardo Mendizábal, Fernando Becerril, Verónica
Langer
Produção: Pimienta Films
Gênero: Drama
Ano: 2014
País: México
Cor: Colorido
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