JASON BOURNE

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JULIETA

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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

NOVO FILME DE MURILO SALES ESTÁ NA COMPETIÇÃO DO 43º FESTIVAL DE GRAMADO

Com a presença de Cintia Rosa, Pedro Brício, Marco Ricca, Murilo Salles e equipe, O FIM E OS MEIOS – novo filme de Murilo - será exibido no próximo domingo, 9 de agosto, no 43º Festival de Cinema de Gramado.

O FIM E OS MEIOS estimula o espectador a refletir sobre os valores da sociedade brasileira nos dias de hoje a partir de um triângulo amoroso que se forma nos bastidores da política.

O filme segue os passos da jornalista Cris (Cíntia Rosa) e do publicitário Paulo (Pedro Brício), jovem casal unido por uma gravidez inesperada, que se muda do Rio para Brasília tentando resolver os impasses da relação, e com a ambição de melhorar de vida. Ele vai trabalhar na campanha política de um velho senador da República, que tenta se reeleger. Ela abraça a oportunidade de subir na carreira, trabalhando na cobertura do Congresso. No caminho dos dois está Hugo (Marco Ricca), principal assessor e genro do veterano político (Emiliano Queiros), casado com com a deputada Laura Motta (Hermila Guedes).

A ação de O FIM E OS MEIOS se divide entre o Rio, Alagoas e Brasília, onde a produção conseguiu autorização para filmar no Senado e na Câmara dos Deputados.

“O fim são os nossos objetivos, o que nos move e nos estimula a continuar vivendo, os meios é o que enfrentamos no dia a dia, e é nesse espaço onde se dá a acomodação com a realidade, com o jeitinho, essas perversões com as quais acabamos nos acostumando. A corrupção corrói e afeta os personagens, tal como afeta o país”, resume Murilo em entrevista concedida a Carlos Helí de Almeida de O GLOBO.

Murilo esclarece mais sobre o filme quando respondeu ao site do festival a seguinte pergunta:

- Na coletiva de lançamento do Festival de Cinema de Gramado, o curador Rubens Ewald Filho comentou que "O Fim e os Meios" é um caso raro na cinematografia brasileira, já que a política, apesar de ser um tema rico, raramente é abordada por nossos cineastas.  Você concorda? O que você acha que encanta no tema e por que decidiu fazer um longa com essa abordagem?

MS: Sim, claro que concordo, inteiramente! Sou um cineasta político e todos meus filmes de ficção são filmes políticos, inclusive Nome Próprio, que é um filme comprometido com a questão da autonomia da identidade feminina. 

Todos têm um desejo de enfrentamento com as questões que no Brasil me desafiam. Porque, na verdade, o Brasil é meu tema. Por uma questão geracional, que é mais forte que mim, não consigo pensar em histórias que se encarnem apenas na singularidade. Quero desafiar o todo, olhar o meu país nos olhos e tentar descobrir como somos, como agimos, as nossas singularidades como sintomas de nossa formação socioeconômica. Isso é forte em mim. Mas vejo o Brasil sempre através dos meus personagens, do que interessa, o ser humano. E cada filme é um tipo de recorte, um desafio novo. Isso me encanta e desafia: dar conta de nossas singularidades, numa cultura rica, complexa e cheia de propriedades.

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