JASON BOURNE

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JULIETA

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quinta-feira, 9 de outubro de 2014

FESTIVAL DO RIO- CRÍTICA: O MASSACRE DA SERRA ELÉTRICA


Texto por Ingrid Fortuna




  O Massacre da Serra Elétrica é sem dúvidas um clássico dos filmes de Terror, com uma pegada Trash.


  Regado de sangue, gritos, perseguições e tripas, esse clássico não é lá uma grande produção, nem possui efeitos significativos. Maquiagem tosca, encenação tosca, assim como os gritos de Marilyn Burns. Enquanto a personagem corre desastradamente pelos arredores da casa de Leatherface e sua família problemática, a atriz certamente passa uma sensação de comédia. É muito mais provável rir com aquela perseguição ridícula, do que de fato se assustar. Mas ainda assim, o terror do filme é mais psicológico do que de fato visual. Quase tudo está ligado ao que você imagina, e não ao que vê. 

  Lógico que no ano de lançamento do filme (1974), não existiam as tecnologias de hoje que fazem com que a menor encenação pareça o mais real possível. Mas mesmo diante das limitações da época, a obra conseguiu se superar no quesito "tosquice". Por isso podemos dizer que O Massacre da Serra Elétrica também é trash. No entanto, foi esse o diferencial do filme. Foi através desse novo estilo de fazer terror, que fez com que o filme entrasse para o cenário cult de filmes de terror e fosse considerado um dos melhores. Não há uma pessoa que é fã do gênero e nunca tenha assistido ao clássico do Leatherface. 

  O departamento de arte do filme cumpriu um papel excelente. Adereços de cena que trazem a proposta do filme melhor que o elenco. A casa no meio do nada, com uma decoração macabra legitima a psicopatia que ronda o filme. 
  Com condições de filmagens péssimas devido ao calor excessivo, o filme foi produzido com baixíssimo orçamento. O que dificultou ainda mais o trabalho de toda a equipe. 

  Tropeços, agonia, muitos momentos cômicos (porém um humor puramente negro), caracterizam essa clássico do cinema. Um filme que foi um marco para o cinema e desencadeou outras continuações ou remakes, este clássico sem dúvida foi digno de assistir no cinema. Daqueles que se algum dia surgir a oportunidade, não podemos deixar passar. Mesmo com sua "tosquice", valeu a pena. 



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