JASON BOURNE

JASON BOURNE

JULIETA

JULIETA

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

FESTIVAL DO RIO: CRÍTICA- FUCKING DIFFERENT



Texto por Ingrid Fortuna.

O que leva um festival importante como o Festival do Rio a colocar um filme tão escandaloso e polêmico em sua grade?

Em meio a tantos filmes, podemos dizer que Fucking Different é o mais chocante e bizarro de todos. Mas isso tudo é intencional. Ele vem com uma proposta provocante e com a intensão de quebrar esteriótipos. Não podemos julgar sexualidade através de rótulos. Cada um tem sua sexualidade e explora como bem entender.

Sem dúvida, essa reunião de curtas que reúne diretores como Buck Angel, J. Jackie Baier, Gwen Haworth, Mor Vital e tantos outros, está aqui para escandalizar. Causar impacto e dar um tapa na cara da sociedade que julga todos aqueles que são considerados diferentes.

Conteúdo predominante da comunidade LGBT, não se espante de assistir uma transexual, que operou os seios mas manteve seus órgãos sexuais masculinos, se masturbando enquanto conta a história de sua vida. Ou quando assistir uma mulher se excitar a ponto de acariciar os próprios seios e produzir leite no rosto de dois companheiros.

Toda a estética do filme, pode-se dizer revolucionária, pois traz uma fotografia em alguns momentos amadora e com um som com inúmeros ruídos. Essa falta de perfeição também faz parte da narrativa. Tudo é proposital.

Embora este filme tenha uma proposta interessante, será que ele foi adequado para o Festival do Rio?

Não se pode dizer que seu gênero é ficção como mostra o site do festival, mas sim pornográfico. Extremamente pornográfico. Sexo explícito é o que se encontra no filme. Nenhum aviso do festival quanto a temática do filme. A sinopse exposta no site é algo que foca mais na narrativa do que no conteúdo. A narrativa sem dúvida é o mais importante, mas JAMAIS deveria ser deixado de fora um conteúdo como sexo explícito.

Portanto a crítica negativa vai ao festival, que negligenciou tal aviso. Muitas pessoas saíram da sala por pensarem que o filme tinha uma proposta, quando se depararam com cena de sexo explícito em uma sala com mais de 80 pessoas. Uma verdadeira falta de respeito com o cinéfilo. Verdadeira falta de honestidade.

Para não parecer injustiça nem perseguição, aqui vai a sinopse disponibilizada pelo site do Festival do Rio.


Sinopse: A série Fucking Different, iniciada em 2005, se propõe a derrubar estereótipos sobre o "outro" e sobre o que é "normal". O lema é quebrar ideias preconcebidas, criar confusão e celebrar a diversidade. Em sua sexta edição, o idealizador e produtor da série Kristian Petersen abriu novos caminhos, convidando sete cineastas transgêneros de diferentes partes do mundo para realizar curtas-metragens sobre aspectos da sexualidade que fossem alheios às suas próprias concepções de gênero. O resultado é uma compilação em que predominam documentários coloridos, experimentais e, claro, diversificados.



Nenhum comentário:

Postar um comentário