JASON BOURNE

JASON BOURNE

JULIETA

JULIETA

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

2 COELHOS É SUREENDENTEMENTE INOVADOR


2 COELHOS


Sinopse: Após se envolver em um grave acidente automobilístico, no qual uma mulher e seu filho são mortos, Edgar (Fernando Alves Pinto) é indiciado, mas consegue escapar da prisão graças à influência de um deputado estadual. Logo em seguida ele parte para uma temporada em Miami, onde retorna com um elaborado plano em que pretende atingir tanto o deputado que o ajudou, símbolo da corrupção política, quanto Maicon (Marat Descartes), um criminoso que consegue escapar da justiça graças ao suborno de políticos influentes


Crítica: O cinema existe nos moldes que conhecemos desde 28 de setembro de 1895 e está sempre em constante mutação, sempre buscando melhorar a medida que os anos vão passando. No Brasil o cinematógrafo chegou em 1907 e o primeiro filme em 1908. De lá pra cá, muita coisa foi criada, realizada, desenvolvida. O Cinema Brasileiro se desenvolveu lentamente e ficou durante alguns estagnado. Com a retomada do cinema no Brasil, a necessidade de se criar cinema de qualidade foi cada vez maior e nos anos 2000 a produção cresceu, mas ainda está buscando sua identidade cinematográfica.

O filme 2 Coelhos encontrou uma nova identidade, um novo marco dentro do cinema Brasileiro. Criou o novo, o diferente e faz o espectador pensar e mergulhar nesse universo para encaixar as peças desse filme quebra-cabeças.

O Diretor Afonso Poyart foi inventivo, criativo, arrojado com uma condução da história tão perfeita quanto uma sinfonia. Para classificar o gênero do filme não foi fácil, porque tem vários gêneros misturados: ação, romance, aventura, suspense, triller, comédia, drama, animação ... Bem,  por não se chegar a uma conclusão, o Ministério da Cultura determinou que o gênero do filme é: SOBREVIVÊNCIA.  Eis o nascimento do 33º gênero do cinema.

Além disso, Poyart também escreveu um roteiro muito bem amarradinho com bons diálogos e fez a montagem, que por sinal,  é um dos pontos altos do filme. Sem esse trabalho bem feito o filme teria perdido muito. Poyart também produziu o filme  junto com André Poyart. A Trilha de André Abujanra ajuda a desenhar o filme.   Outro ponto alto do filme é a animação, cheia de referências discretas, onde o diretor pôde colocar suas influências cinematograficas de maneira delicada, onde se tem um toque de Tim Burton, Tarantino, Guy Ricthie e animé e o melhor, sem copiar ninguém. O resultado foram imagens de uma plástica impressionante.

O elenco, diga-se de passagem,  é um show a parte. Percebe-se que foi um trabalho feito com harmonia e dedicação. Mais pontos para o Diretor, como sempre falo, um bom diretor de elenco já tem 50% do caminho andado.  Poyart conseguiu prender a atenção do expectador nesse filme com muita ação de qualidade, bons efeitos especiais criados por Sérgio Farjalla Jr e uma história rica de conteúdo. Está derrubado o mito de que brasileiro não sabe fazer filme de ação.
Recomendo assistir esse filme, se possível, acompanhado para que você possa trocar idéias quando sair da sala de cinema. É um quebra-cabeça que gruda, que faz pensar, e a troca com outras pessoas que assistiram é um outro show a parte, porque sempre descobre mais coisa do que conseguimos perceber durante 1h47m de projeção. Começa uma nova era do cinema nacional. Que o gênero sobrevivência ganhe espaço, atravesse fronteiras e nos brinde com outras ótimas produções.

Ficha Técnica:

título original:2 Coelhos
gênero: Sobrevivência ou Multi gêneros: (Ação/ Suspense/ Romance/ Drama/ comédia/Animação/ Aventura)
duração:1 hr 48 min
ano de lançamento: 2012
estúdio: Black Maria Filmes
distribuidora: Imagem Filmes
direção: Afonso Poyart
roteiro: Afonso Poyart
Montagem: Afonso Poyart
produção: André Poyart e Afonso Poyart
Elenco:  Fernando Alves Pinto, Alessandra Negrini, Caco Ciocler, Marat Descartes, Neco Villa Lobos, Roberto Marchese, Robson Nunes, Toghun, Taíde, Djair Guilherme.
música: André Abujamra
fotografia: Carlos André Zalasik
edição: Lucas Gonzaga, Afonso Poyart e André Toledo
efeitos especiais:Sergio Farjalla Jr.

ENTREVISTA COLETIVA

Foto da coletiva com: Marat Descartes, Neco Villa Lobos, Fernado Alves Pinto, Afonso Poyart, Alessandra Negrini, Caco Ciocler e Toghun. ( Foto by Raphael Camacho)


Na coletiva realizada, na segunda-feira,  dia 16 de janeiro, no Hotel Windsor, na zona sul do Rio, elenco e diretor conversaram com os jornalistas sobre o filme.  O clima era de simpatia e expectativa mútua de como seriam as perguntas e o que eles teriam para falar sobre esse filme tão peculiar. É inegável que esse filme vai se tornar importante para o cinema nacional por seu ineditismo e com isso vai atrair interesses.

A curiosidade dos jornalistas sobre o filme tornou a entrevista mais interessante. Essa curiosidade se deu por conta do sucesso do trailer nas redes sociais. O Diretor Afonso Poyart respondeu perguntas e conversou com os jornalistas sobre como começou o projeto em 2008  escrevendo o roteiro. O passo seguinte foi produzir,  e como a Produtora Black Maria mergulhou de cabeça no projeto, inclusive financeiramente. Enfim, encontrou o elenco, a equipe e filmaram. Até o lançamento do filme foram quatro anos para concretizar o projeto.  Demorou, mas que valeu a pena, Poyart já começou a receber propostas para outros projetos antes mesmo do lançamento do filme dia 20 de janeiro.

O filme conta com um elenco de estrelas do cinema nacional como  Fernando Alves Pinto, Alessandra Negrini, Caco Cicler, Marat Descartes, Neco Villa Lobos, Toghun, Taíde, Robson Nunes entre outros.

Uma das curiosidades dos jornalistas era a função do personagem Walter interpretado pelo ator Caco Ciocler na história. O calado personagem tem uma grande importância na história que o público só descobre no final. O que deixou o ator com um cuidado maior na hora de dar vida ao personagem sem entregar o filme antes da hora.

Caco Ciocler: - "Você só entende qual a função dele na história no fim do filme."

Entre os pontos fortes do filme está a animação usada como recurso para ilustrar o que se passa dentro da cabeça e do estado emocional dos personagens. Esse é um recurso que deu certo porque traduziu as sensações como os livros fazem normalmente.

Cinema para sempre: - "Como foi a incursão da animação no filme, no caso, Alessandra Negrini que participou da animação? Você treinou com  espada?"

Alessandra Negrini: - "Foi colocado na pós, a animação vem depois,  tinha um chinês que me ensinou  umas coreografias com a espada e eu fiquei treinando. Eu não via nada. Criei uma coreografia e não via nada. Tudo é a imaginação".

Caco Ciocler: - "Filma com o fundo verde e depois coloca?"

Alessandra Negrini: - "Isso, filma com o fundo verde e depois coloca. Eu não via nada. Criei uma coreografia imaginária.Tudo é a imaginação".

Caco Ciocler: - "Eles soltaram a Alessandra e depois colocaram os bichinhos onde ela passava a espada."

Alessandra Negrini: - "É verdade!  Tudo na vida é imaginação".

Cinema para Sempre: -" Você tinha idéia de como ficaria o resultado na tela?"

Alessandra Negrini:  - "Não. Tinha idéia nenhuma. Não dá pra ter idéia."

Caco Ciocler:  "- É um tiro no escuro".

Alessandra Negrini:  "- É isso mesmo".


O mais interessante de tudo isso é que o filme foi feito inteiramente no Brasil o que mostra que é possivel fazer cinema de qualidade com bons profissionais. Agora vamos aguardar como o público vai receber o filme.

Divirtam-se!




Set de filmagem


Alessandra Negrini am cena



Alessandra Negrini como sua personagem Júlia na cena da praia.


Taíde


Togun como Bolinha






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