Dia 2 de fevereiro é comemorado o Dia de Iemanjá, Orixá
(divindade) das religiões de matriz africanas como Umbanda e Candomblé. Essa data é comemorada com uma grande festa em Salvador, na Bahia e no Rio de Janeiro.
Em homenagem a essa data o Cinema Para Sempre separou o
documentário "Iemanjá - O filme", que explica um pouco sobre o
assunto.
Iemanjá é um documentário de 52 minutos que mostra questões
que envolvem a justiça social, sustentabilidade ecológica, a ética, o racismo,
a intolerância religiosa e crença da comunidade e sua força, partindo da
perspectiva de líderes anciãs da tradição espiritual do Candomblé, na Bahia,
Brasil, derivada de cultos de matriz africanas.
O Candomblé é chamado de a religião da natureza; suas
crenças fazem a conexão do mundo espiritual em sua representação com as forças
que regem nosso planeta. Suas divindades, denominadas Orixás são: Iemanjá, a
deusa do Mar; Oxum da água doce; Iansã do vento; Oxóssi da floresta; Ossain das
folhas sagradas; e Oxalá da paz.
O documentário se passa na cidade de Salvador, cidade que é
o berço e coração do Candomblé. Grande parte dos membros do Candomblé são
mulheres, e as líderes, são conhecidas como Mães de Santo e Iyalorixás,
extremamente respeitadas e seguidas pelos membros da religião. A influência das
líderes do Candomblé na cultura levou a antropologista americana Ruth Landes a
apelidar Salvador de “A Cidade das Mulheres”.
A história do filme é contada principalmente por meio das
vozes das Mães de Santo. Essas mulheres além de serem as guardiãs do
conhecimento desta abrangente cultura oralizada,elas são também referências na
representatividade das comunidades tanto no âmbito político como sócio
ambiental. As Mães são vistas como
mulheres sábias, tanto em suas comunidades espirituais, como para outras
questões onde vivem e são sempre consultadas.
Anualmente a Festa de Iemanjá em Salvador é um ritual extremamente popular,
perdendo apenas para o Carnaval, com milhares de pessoas oferecendo flores e
outros presentes para honrar a grande Deusa Mãe, a Deusa do mar.
Além de trazer de forma esclarecedora as tradições das
religiões de matriz africanas o filme faz o espectador refletir sobre como
temos nos relacionado com a natureza,
como o ser humano deve tratar o meio ambiente e a possibilidade do
progresso coexistir com a preservação.
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