JASON BOURNE

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JULIETA

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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Festival do Rio - Crítica: Nise - O Coração da Loucura


Dá para transformar loucura em arte? É o que aborda o drama nacional Nise - O Coração da Loucura protagonizado por Glória Pires e dirigido por Robert Berliner (Julio Sumiu) e roteirizado por Flávia Castro (Diário de Uma Busca) e Maurício Lissovsky (Serra Pelada, A Lenda da Montanha do Ouro).

O filme conta a história da doutora Nise da Silveira que após sair da prisão ela volta a trabalhar em um hospital psiquiatríco no Rio de Janeiro na ala de esquisofrenia. Buscando sempre o melhor para os seus pacientes, ela acredita que eles devem ser tratados com tolerância e amor e inicia uma revolução ao dar pincéis, tintas e barro para eles deixarem seu lado criativo aflorar a flor da pele, liberando assim o lado artístico de cada um deles, revelando verdadeiros artistas apesar de estarem longe de estarem curados. A pequena revolução no hospital, isola Nise e seus pacientes dos outros médicos que ainda acreditam que a lobotomia e tratamento de choques são a melhor solução para curá-los.

Um filme que transborda poesia, mostrando que mesmo em casos extremos ainda é possível adoçar o ser humano com pequenas doses artísticas, fazendo-o dele uma pessoa melhor e mais sociável. O filme mostra o caso verídico da doutora Nise da Silveira, que usa do amor e da arte, bons argumentos para lidar com os seus pacientes mais violentos e perdidos. Gloria Pires da forma a Psiquiatra e convence no papel da médica tanto nas cenas em que procura ajuda seus "clientes" como ela começa a chamá-los como nas cenas em que enfrenta os outros médicos, sempre tentando a melhoria dos pacientes. Também é idéia dela usar as pinturas e artes dos internos do hospital em uma exposição inédita no Brasil até então. 

O filme está em cartaz no Festival do Rio e está sendo distribuído pela Imagem Filmes e ainda sem data para estréia em grande circuito. 

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