JASON BOURNE

JASON BOURNE

JULIETA

JULIETA

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

FESTIVAL DO RIO 2015 - CRÍTICA DO FILME "MALALA" PANORAMA DO CINEMA MUNDIAL

Malala


Sinopse: Um retrato íntimo da ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, Malala Yousafzai. A jovem ativista paquistanesa ficou famosa aos 15 anos ao ser alvejada pelos talibãs após reivindicar educação para as meninas do vale do Swat, região onde nasceu. O ataque provocou protestos e reuniu simpatizantes em todo o mundo. O aclamado documentarista Davis Guggenheim (o mesmo de Uma verdade inconveniente) nos presenteia com um recorte da vida desta figura extraordinária, a partir de sua estreita relação com seu pai e seu movimento global pela educação de meninas através de sua fundação.

Crítica por Juliana Meneses: No documentário "Malala" é retratado a história pessoal da menina que levou um tiro após desafiar o talibã, falar publicamente que todas as meninas do Afeganistão tinham o direito de estudar e que o regime não poderia impedi-la.

Retratando a vida de uma menina que se tornou ativista dos direitos das mulheres e a mais nova vencedora do Prêmio Nobel da Paz (2014), o filme é muito emocionante e inspirador. A luta pela preconceito de forma pacifica pregada pela menina vem sendo seguida e admirada por todo mundo.

Com partes em animação para ilustrar algumas situações vividas por Malala e sua família, o filme é esteticamente bonito e bem feito.

O pai de Malala tinha uma escola e ensinava lá, a menina cresceu envolvida com o amor pelos livros e pelo aprendizado, em sua casa nunca foi privada de participar das conversas de seu pai com os amigos sobre política, religião e etc. Diferentemente da maioria das meninas do Afeganistão que são analfabetas, ela sempre frequentou escola e teve boas notas. Seu pai sempre a incentivou a pensar, e a apoiou nas escolhas de se pronunciar quanto a sua opinião com a forma que o Talibã estava proibindo a educação feminina no país.  Na opinião da menina o regime quer coibir o aprendizado por saber que é através da educação que se aprende a desafiar e questionar, assim como ela própria.

Após o ataque, Malala e sua família mudaram-se para Inglaterra para tratar de sua saúde e vivem lá até hoje. No filme vemos que ela se sente mais à vontade falando para centenas de pessoas em palestras sobre suas causas ativistas, discursando para meninas que sofrem a opressão que ela já sofreu, do que sendo uma aluna de sua nova escola. Por mais fantástica que seja a jovem, o longa trás seu lado simples com seus irmãos, pais e amigas, a junção da vida de uma adolescente de dezessete anos, com a de uma pessoa extremamente influente e mostra que ela lida com maturidade em ambos os papéis.

Malala sobre as atitudes do Talibã diz que "Não é uma questão de fé, é uma questão de poder." Vemos a inteligência de uma menina que influenciou e abriu espaço para o debate de um tema tão fundamental.

Com um ótimo roteiro, fotografia e montagem, vemos um documentário de extrema relevância.


O filme foi apresentado por Átila Roque, representante da Anistia Internacional.




Ficha Técnica

Título Original: He Named Me Malala

Título no Brasil: Malala

Direção: Davis Guggenheim

Elenco: Malala Yousafzai, Ziauddin Yousafzai, Toor Pekai Yousafzai, Khushal Yousafzai, Atal Yousafzai

Produção: Walter Parkes, Laurie Macdonald, Davis Guggenheim

Trilha Sonora: Thomas Newman

Gênero: Documentário

Ano: 2015

País: Estados Unidos

Cor: Colorido

Distribuição: Fox Filmes



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