Nessa semana chegam mais oito filmes nas salas de cinema no Brasil.
O Brasil tem os dramas "Luneta do Tempo" com a estreia de Alceu valença na direção e "A Hora e a Vez de Augusto Matraga" de Vinícius Coimbra.
A Suíça tem o documentário "O Samba" .
Os Estados Unidos tem três filmes: a ação "Evereste", a animação "Hotel Transilvânia 2", comédia "Um Senhor Estagiário".
As Filipinas tem o drama "Norte, O Fim da História".
Para fechar as estreias da semana, a França e a Polônia "A Pele de Vênus".
A LUNETA DO TEMPO
Sinopse: Drama musical que utiliza mitos populares da cultura brasileira para narrar uma historia cheia de encontros e desencontros, traições e amores, crimes e castigos. Tendo como pano de fundo o sertão pernambucano - sua gente e sua cultura, o cordel, o cangaço, o cinema e o circo – A Luneta do Tempo é um drama universal carregado de poética singular, onde a realidade e o onírico se misturam revelando a alma agreste do Brasil profundo.
Crítica por Andrea Cursino: Alceu Valença tem uma estreia muito feliz como cineasta com um filme interessante que prende atenção pela boa qualidade com que é feito.
Alceu Valença é um nomes mais importantes da MPB e durante 10 anos planejou fazer esse filme. Para não arriscar começar algo novo com a possibilidade de dar errado, ele se preparou. Estudou como escrever um roteiro, foi aprender todas as funções de um diretor em um filme, desde o planejamento de planos quanto o acompanhamento.
Ele também escolheu o elenco encabeçado por Irandhir Santos e Hermila Guedes. Alceu Valença além de dirigir, escrever o roteiro, escolher a equipe, ele também atuou bem.
A história se passa no sertão onde Lampião (Irandhir Santos) e Maria Bonita eram os reis do cangaço. Cecéu Valença, o filho de Alceu, interpreta Nagib Mazola com muita competência. Alguns atores não são profissionais , mas preenchiam as exigências do diretor.
A qualidade técnica impressiona para quem é marinheiro de primeira viagem. Uma ótima fotografia que valorizou as belas tomadas, a direção de arte e o figurino tão bem reproduzido. A trilha sonora é ótima, e claro, não poderia ser de outra pessoa que Alceu exercendo sua função original com maestria.
Para se fazer cinema é preciso entender o cinema na sua essência. É importante procurar aprender cada ofício com dedicação e humildade de quem por mais conhecimento que tenha na sua área, entenda que em uma função nova é um aprendiz. Como todo bom aprendiz, tenha 100% de dedicação para fazer o seu melhor. Saber que cinema é uma forma de comunicação, onde cada elemento usado é importante para passar as diversas informações necessárias para contar uma história e transmitir a mensagem que está na cabeça do diretor. É gratificante ver como Alceu Valença se preparou para começar a deixar sua marca no cinema com muita competência.
Resumo da ópera, Um belíssimo filme que mostra o resultado que pode se investir em algo novo desde que haja respeito a linguagem que vai abordar.
Alceu Valença é um nomes mais importantes da MPB e durante 10 anos planejou fazer esse filme. Para não arriscar começar algo novo com a possibilidade de dar errado, ele se preparou. Estudou como escrever um roteiro, foi aprender todas as funções de um diretor em um filme, desde o planejamento de planos quanto o acompanhamento.
Ele também escolheu o elenco encabeçado por Irandhir Santos e Hermila Guedes. Alceu Valença além de dirigir, escrever o roteiro, escolher a equipe, ele também atuou bem.
A história se passa no sertão onde Lampião (Irandhir Santos) e Maria Bonita eram os reis do cangaço. Cecéu Valença, o filho de Alceu, interpreta Nagib Mazola com muita competência. Alguns atores não são profissionais , mas preenchiam as exigências do diretor.
A qualidade técnica impressiona para quem é marinheiro de primeira viagem. Uma ótima fotografia que valorizou as belas tomadas, a direção de arte e o figurino tão bem reproduzido. A trilha sonora é ótima, e claro, não poderia ser de outra pessoa que Alceu exercendo sua função original com maestria.
Para se fazer cinema é preciso entender o cinema na sua essência. É importante procurar aprender cada ofício com dedicação e humildade de quem por mais conhecimento que tenha na sua área, entenda que em uma função nova é um aprendiz. Como todo bom aprendiz, tenha 100% de dedicação para fazer o seu melhor. Saber que cinema é uma forma de comunicação, onde cada elemento usado é importante para passar as diversas informações necessárias para contar uma história e transmitir a mensagem que está na cabeça do diretor. É gratificante ver como Alceu Valença se preparou para começar a deixar sua marca no cinema com muita competência.
Resumo da ópera, Um belíssimo filme que mostra o resultado que pode se investir em algo novo desde que haja respeito a linguagem que vai abordar.
Ficha Técnica
Título Original: Luneta do Tempo
Título no Brasil: Luneta do Tempo
Direção: Alceu Valença
Roteiro: Alceu Valença
Elenco: Irandhir Santos, Hermila Guedes, Alceu Valença, Cecéu Valença, Ary de Arimatéia, Charles Teony, Hélder Vasconcelos, Khrystal, Servilio Horlanda, Ivair Rodrigues, Zé Drummont e Mariah Teixeira.
Produção: Tuinho Schwartz e Yanê Montenegro.
Fotografia: Luís Abramo
Montador: Tuco
Trilha Sonora: Alceu Valença
Gênero: Drama
Duração: 97 min.
Ano: 2014
País: Brasil
Cor: Colorido
Distribuidora: Tucumán Filmes
Estúdio: Focus Films / MV Produções
Classificação: 12 anos
Informação Extra: Longa-metragem de estreia do cantor e compositor Alceu Valença.
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Ficha Técnica
EVERESTE
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A HORA E A VEZ DE
AUGUSTO MATRAGA
Sinopse: O filme conta a história de Augusto Matraga (João Miguel), fazendeiro falido e violento que vive acima da lei no sertão de Minas Gerais. Em dificuldades, ele cai numa emboscada que quase o leva à morte. Renascido, Matraga volta-se para a fé e o trabalho árduo em busca de redenção. Anos depois, chega na vila o rei do sertão, Joãozinho Bem-Bem (José Wilker), e seu bando de jagunços. Esta nova amizade atravessará seu destino. Dentro de Matraga, o santo e o guerreiro vão duelar até que chegue sua hora e sua vez.
Crítica: Em Breve.
Ficha Técnica
Título Original: A Hora e A Vez de Augusto Matraga
Título no Brasil: A Hora e A Vez de Augusto Matraga
Direção: Vinícius Coimbra
Roteiro: Manuela Dias, Vinícius Coimbra
Origem da História: Baseados na obra de José Guimarães Rosa.
Elenco: José Wilker, João Miguel,Vanessa Gerbelli, Chico Anysio, Irandhir Santos, Júlio Andrade, Werner Schunemann, Zé Dumont, Vinícius de Oliveira, Ivan de Almeida, João Dinico,Alexandre Zachia, Antônio Petrin, Carolina França, Gorete Milagres, Odilon Esteves, Evil Rebouças,Teca Pereira, Geraldo Peninha, Glicério Rosário Dias, Silva, Melissa Isabelli, Ovídio Moura, Iami Lobato
Produção: Adriano Civita, Beto Gauss, Vinícius Coimbra
Fotografia: Lula Carvalho
Trilha Sonora: Sacha Amback
Gênero: Drama
Duração: 106 min.
Ano: 2011
País: Brasil
Cor: Colorido
Estúdio: Prodigo Films
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O SAMBA
Sinopse: Afinal, o que é o samba? Tentando identificar as raízes do ritmo que se confunde com nossa própria identidade nacional, o filme do suíço Georges Gachot busca no povo e no cantor Martinho da Vila a chave para entender porque ele está tão ligado a vida de tantas pessoas. Com a participação da escola de samba Unidos de Vila Isabel, campeã do carnaval em 2013
Crítica: Em breve.
Ficha Técnica
Título Original: O Samba
Título no Brasil: O Samba
Direção: Georges Gachot
Roteiro: Georges Gachot
Elenco: Beth Carvalho, Leci Brandão, Mart'Nália, Martinho da Vila, Ney Matogrosso, Paula Lima e Zeca Baleiro.
Produção: Georges Gachot
Fotografia: Felipe Reinheimer, Georges Gachot, Peter Guyer, Pio Corradi e Séverine Barde.
Montagem: Ruth Schläpfer
Gênero: Documentário
Duração: 82 min.
Ano: 2014
País: Alemanha / Brasil / Suíça
Cor: Colorido
Distribuidora: Imovision
Estúdio: EuroArts Entertainment / ZDF/Arte
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EVERESTE
Sinopse: Baseada em fatos reais, o filme conta a história de oito alpinistas que escalavam o Evereste quando foram surpreendidos por uma nevasca de grandes proporções.
Crítica por Zeca Seabra: Evereste (Everest) é baseado no desastre real ocorrido
em 1996 quando três equipes de alpinistas foram atingidas por uma forte nevasca
e causou vários acidentes trágicos, incluindo a morte de alguns guias
experientes. O diretor islandês Baltasar
Kormákur se debruça em um fato real para traçar um paralelo entre o homem
versus natureza nos mesmos moldes do seu filme de 2012 – “Sobrevivente” (Djúpið) onde ele valoriza o esforço humano
frente a fúria selvagem em estado bruto.
Aqui ele
não glamuriza a montanha como nos filmes de aventura, o que pode frustrar
alguns espectadores, e prefere focar toda a narrativa na ação predatória do
homem que com sua arrogância pensa em dominar o meio ambiente fora de controle.
Ele questiona as razões que levam o ser humano a enfrentar condições terríveis
somente para agradar seu ego conquistador.
Baltazar
não prioriza nenhum personagem de um elenco repleto de nomes conhecidos,
marcando com cuidado sua posição de fazer da montanha sua principal estrela que
brilha em tomadas esmagadoras (especialmente se assistido em Imax e 3D).
Evereste
nos faz pensar sobre a fragilidade da vida humana deixando seu recado com muita
competência.
Ficha Técnica
Título Original: Everest
Título no Brasil: Evereste
Direção: Baltasar Kormákur
Roteiro: Justin Isbell e William Nicholson.
Elenco: Jason Clarke, Jake Gyllenhaal,John Hawkes, Josh Brolin, Keira Knightley, Martin Henderson, Clive Standen, Elizabeth Debicki, Emily Watson, Sam Worthington, Mia Goth,Vanessa Kirby, Michael Kelly, Robin Wright e Tom Goodman-Hill.
Produção: Brian Oliver, Eric Fellner, Evan Hayes, Liza
Chasin, Nicky Kentish Barnes, Tim Bevan e Tyler Thompson.
Fotografia: Salvatore Totino
Montagem: Mick Audsley
Trilha Sonora: Dario Marianelli
Gênero: Drama
Duração: 150 min.
Ano: 2015
País: Estados Unidos / Reino Unido
Cor: Colorido
Distribuidora: Universal Pictures
Estúdio: Chromakey-Hire.Com / Cross Creek Pictures / Free State Pictures / Universal Pictures / Walden Media / Working Title Films
Classificação: 14 anos
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HOTEL TRANSILVÂNIA 2
[
Sinopse: Sequência da animação Hotel Transilvânia, de 2012, que acompanha a agitada rotina do resort favorito dos principais monstros, gerenciado pelo Conde Drácula. Agora, o velho vampiro Vlad chega para mudar radicalmente a vida do hotel.
Crítica por Andrea
Cursino: A continuação de Hotel Transilvânia mostra que o que é bom pode ficar ainda melhor. E Hotel Transilvânia 2 é com certeza melhor e mais divertido que o primeiro.
A qualidade técnica é impecável. As cores são vivas e os traços divertidos. A fotografia valorizou muito as cores. A direção de arte e a trilha sonora compõe o trabalho harmônico dirigido Genndy Tartakovsky.
O roteiro foi bem trabalhado e os diálogos são divertidos e os personagens bem delineados. Com certeza vai agradar não só as crianças, mas a família toda.
A dublagem brasileira está ótima e as entonações perfeitas para nos aproximar dos personagens. Na dublagem americana, Adam Sandler dubla o vampiro Drac, pai da Mavis que ganha a voz de Selena Gomez.
Com certeza é uma das melhores animações do ano!
Ficha Técnica
Título Original: Hotel Transylvânia 2
Título no Brasil: Hotel Transilvânia 2
Direção: Genndy Tartakovsky
Origem da História: Continuação de Hotel Transilvânia.
Roteiro: Adam Sandler, Robert Smigel
Elenco: Adam Sandler, Andy Samberg, Chris Kattan, David Spade, Fran Drescher, Julia Lea Wolov, Keegan-Michael Key, Kevin James, Mel Brooks, Selena Gomez, Steve Buscemi
Produção: Michelle Murdocca
Trilha Sonora: Mark Mothersbaugh
Gênero: Animação
Ano: 2015
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Distribuidora: Sony Pictures
Estúdio: Columbia Pictures / Sony Pictures Animation / Sony Pictures Digital / Sony Pictures Imageworks (SPI)
Site Oficial: http://www.hoteltransylvania2.com/
Trailer Dublado
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UM SENHOR ESTAGIÁRIO
Sinopse: A dona de um site de moda tem problemas para aceitar a contratação de uma nova estagiária e a volta à ativa de um senhor de 70 anos.
Crítica por Andrea Cursino: O filme de Nancy Meyers é simples, bonito e interessante. É desses filme que você assiste várias vezes e não cansa.
A história é interessante e inverte a situação com uma realidade atual. Os aposentados que ainda podem fazer alguma atividade, a solidão e amizades, as relações humanas e como lidamos com isso. A troca entre os personagens nos localiza como é importante essa troca e esse contato entre as pessoas que vivem hoje mais em contato através das máquinas.
O elenco é ótimo e Robert De Niro está leve e nos mostra um Ben Withaker carismático, simpático, prestativo e é ele quem dá leveza ao filme. Ele tem ótimas cenas com Anne Hathaway e Rene Russo.
o filme é tecnicamente bom. A fotografia é simples e trabalha bem os contrastes entre claro e escuro. A direção de arte é bem feita e aproveita bem os espaços da história. A trilha sonora é boa.
Com certeza, "Um Senhor Estagiário" é um filme leve e divertido.
Ficha Técnica
Título Original: The Intern
Título no Brasil: Um Senhor Estagiário
Direção: Nancy Meyers
Direção: Nancy Meyers
Roteiro: Nancy Meyers
Elenco: Robert De Niro, Anne Hathaway,Drena De Niro, Adam DeVine, Rene Russo, Anders Holm, Andrew Rannells, Christine Evangelista, Nat Wolff,Linda Lavin, Liz Celeste, Wallis Currie-Wood, Maria Di Angelis, Molly Bernard e Reid Scott.
Produção: Nancy Meyers, Scott Rudin, Suzanne McNeill Farwell
Fotografia: Stephen Goldblatt
Montagem: Robert Leighton
Trilha Sonora: Theodore Shapiro
Gênero: Comédia
Duração: 121 min.
Ano: 2015
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros.
Estúdio: Worldview Entertainment
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NORTE, O FIM DA
HISTÓRIA
Sinopse: Após ser preso injustamente por assassinato, enquanto o verdadeiro autor do crime segue livre, um homem vive dias de tensão na cadeia. O assassino real é um intelectual frustrado com o ciclo interminável de traições e apatia que se instalou por seu país. O prisioneiro é um homem simples que começa a achar a vida na prisão mais suportável quando algo de estranho e misterioso lhe acontece.
Ficha Técnica
Título Original: North, the End of Historia
Título no Brasil: Norte, O fim da história
Direção: Lav Diaz
Roteiro: Lav Diaz, Rody Vera
Elenco: Sid Lucero, Angeli Bayani, Archie Alemania, Dea Formacil, Hazel Orencio, Ian Lomongo, Kristian Chua, Kristine Kintana, Mae Paner, Miles Canapi, Noel Sto. Domingo, Perry Dizon, Raymond Lee, Sheen Gener, Sid Lucero, Soliman Cruz
Produção: Kristine Kintana, Raymond Lee
Fotografia: Lauro Rene Manda
Montador: Lav Diaz
Trilha Sonora: Perry Dizon
Gênero: Drama
Duração: 250 min.
Ano: 2013
País: Filipinas
Cor: Colorido
Distribuidora: Supo Mungam Films
Estúdio: Kayan Productions / Origin8 Media / Wacky O Productions
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A PELE DE VÊNUS
Sinopse: Vanda é uma atriz que luta para convencer o diretor Thomas de que ela é a pessoa certa para interpretar a protagonista de sua mais nova peça, inspirada em obra de Sacher Masoch
Crítica por Juliana Meneses: O mais recente filme de Roman Polanski trás
apenas dois atores e se passa todo dentro de um teatro decadente de Paris, mas
está longe de ser monótono ou cansativo, pelo contrário, o filme prende o
espectador do começo ao fim.
No meio de uma tempestade a atriz Vanda chega
muito atrasada para audição da peça A pele de Venus do diretor Thomas que já
estava de saída, indo ao encontro de sua noiva, Vanda insiste muito e acaba
conseguindo passar as cenas com o diretor. Ela tenta seduzi-lo para mostrar que
é a pessoa certa para a personagem, mas a princípio não será tão fácil convencê-lo.
Na falta de outra pessoa para fazer o personagem masculino da peça o próprio
diretor o interpreta e em meio as cenas os dois param a todo momento para falar
sobre a peça, sobre suas vidas e sobre questões morais abordadas no texto
adaptado por Thomas. A peça trata das relações de poder, como inclusive em um
relacionamento a disputa pelo poder está presente.
Na peça o homem apaixonado por Vanda, Séverin
pede que ela o faça de escravo e o submeta a todo tipo de humilhação e tortura,
para ele isso é amor, ela que a princípio fica apreensiva, acaba aceitando o acordo
e exercendo seu papel de dominadora com maestria. Thomas se envolve
profundamente por Vanda ao qual nada sabe e por mais que tente exercer sua
autoridade de diretor ela a todo momento consegue dominá-lo.
Em meio as cenas que fazem juntos os dois personagens
vão se desnudando das máscaras que utilizam em suas vidas e mostrando mais e
mais o verdadeiro íntimo. A realidade é totalmente mesclada a ficção da peça
que vivenciam, o desejo do personagem da peça se mistura ao desejo real que
eles sentem, os papéis de homem e mulher se entrelaçam e dominador e dominado
são um só, eles vivem a perversão de seus personagens.
Mathieu Amalric faz tanto o diretor iniciante
Thomas quanto o sádico Séverin com perfeição, mas Emmanuelle Seigner supera as
expectativas ao entregar-se totalmente a personagem e cumprindo brilhantemente
seu papel. Tanto a atriz quanto aquela que ela se propõe a fazer na peça tem o
mesmo nome e ela as mostra de maneira eloquente, muito sedutora e desafiadora.
Vanda a atriz, que a primeiro momento aparenta não saber ao certo do que a peça
trata, mas tarde mostra o texto todo decorado e questiona Thomas o tempo todo
sobre machismo e sado masoquismo. Ela mergulha na mistura das duas Vandas e dá
ao público uma atuação muito boa, que satisfaz tanto em cinema quanto em
teatro.
O cenário e figurino são bem adequados a
proposta do filme, assim como a fotografia que dá a clara ideia da participação
no teatro, como se o espectador estivesse no jogo de cena. O elenco reduzido é
o ideal para o estilo do longa e a teatralidade está na medida certa da trama.
Uma obra prima de Polanski.
Ficha Técnica
Título Original: La Vénus à la fourrure
Título no Brasil: A Pele de Vênus
Direção: Roman Polanski
Roteiro: David Ives e Roman Polanski.
Elenco: Emmanuelle Seigner e Mathieu Amalric.
Produção: Alain Sarde e Robert Benmussa.
Fotografia: Pawel Edelman
Montagem: Hervé de Luze e Margot Meynier.
Trilha Sonora: Alexandre Desplat
Gênero: Drama
Duração: 96 min.
Ano: 2014
País: França
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estúdio: A.S. Films / Monolith Films / R.P. Productions
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