Nessa quinta-feira tem mais nove filmes chegando nas salas de cinema no Brasil. O Brasil tem um drama "Depois da Chuva.
Os Estados Unidos têm três filmes, a animação "Pinguins de Madagascar", e os dramas baseados em fatos reais, "Invencível" e "Livre"
França e Bélgica tem a comédia "Se Fazendo de Morto".
A Rússia tem um drama e o Japão fecha as estreias com um romance.
Os Estados Unidos têm três filmes, a animação "Pinguins de Madagascar", e os dramas baseados em fatos reais, "Invencível" e "Livre"
França e Bélgica tem a comédia "Se Fazendo de Morto".
A Rússia tem um drama e o Japão fecha as estreias com um romance.
DEPOIS DA CHUVA
Sinopse: Salvador, Bahia, 1984. Após vinte anos de ditadura, a população vai às ruas exigir a volta das eleições diretas para presidente da República. Esse será um ano de transformação para o jovem Caio.
Crítica: Em Breve.
Ficha Técnica
Título Original: Depois da Chuva
Título no Brasil: Depois da Chuva
Direção: Marília Hughes Guerreiro e Cláudio Marques.
Roteiro: Cláudio Marques
Elenco: Zeca Abreu, Ricardo Burgos, Paula Carneiro, Talis Castro, Sophia Corral, Victor Corujeira, Pedro Maia e Aícha Marques.
Produção: Cláudio Marques e Marília Hughes.
Produção: Cláudio Marques e Marília Hughes.
Fotografia: Ivo Lopes Araújo
Edição: Cláudio Marques
Trilha Sonora: Mateus Dantas, Nancy Viegas, Bandas Crac, Dever de Classe
Direção de Arte: Anita Dominoni
Figurino: Anita Dominoni
Gênero: Drama
Duração: 95 minutos
Ano: Produzido em 2013 / Lançado em 2015
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Distribuidora: Espaço Filmes
Estúdio: Coisa de Cinema
Classificação: 16 anos
Trailer
OS PINGUINS DE MADAGASCAR
Sinopse: Os pinguins Capitão, Kowalski, Rico e Recruta, da franquia de animação Madagascar, ganham a sua própria aventura, compondo uma tropa de elite entre os animais.Eles terão de juntar forças com uma agência de espionagem, a Vento do Norte, para impedir que o vilão Dr. Otavius Brine consiga dominar o mundo.
Crítica por Louise Duarte: Os Pinguins mais famosos estão de volta. Capitão, Rico, Recruta e Kowalski estão de volta. O quarteto que ficou conhecido nas animações Madagascar agora ganhou um filme solo com Os Pinguins de Madagascar (Pinguins of Madagascar, 2014) mostrando as aventuras deles quando resolvem se juntar ao Vento do Norte, uma força de elite secreta liderada por Agente Secreto (Benedict Cumberbatch) quando um vilão do passado conhecido como Dave (John Malcovitch) retorna querendo se vingar delas e para isso tem planos de destruir o mundo.
Dirigido por Simon J Smith e Eric Darnell e roteirizado por John Aboud e Michael Coulton, o filme narra a tragetória das aves e de como elas conheceram Recruta e se tornaram sua família ao salvarem a pequena ave de ser devorada por predadores. Ao crescerem e compartilharem aventuras pelos zoológicos do mundo eles conhecem o vilão Dr. Otavius Brine agora conhecido como Dave, um polvo que teve sua fama nos zoologicos preterida pelo público por conta da "fofurice" dos pinguins e agora planeja acabar com isso de uma vez por todas nem que tenha que destruir o mundo para isso. É aí que os Pinguins se juntam ao Vento do Norte meio a contra gosto pois ambas as equipes terem métodos diferentes de resolver esse tipo de missão.
Apesar de divertido, Os Pinguins de Madagascar ainda é uma animação inferior a Madagascar. Em Madagascar eles eram os personagens que mais roubavam a cena e no próprio filme não é diferente já que os personagens continuam engraçados, mas parece que faltou algo e a certa altura do longa, as piadas ficam um pouco cansativas. O grande destaque da animação fica por conta da força de elite secreta Vento do Norte que faz todas as referências possíveis a filmes de espionagem, talvez por isso a escolha de Benedict Cumberbatch (O Sherlock Holmes da série britânica Sherlock) ter sido escolhido para dublar Agente Secreto (sim, é esse o nome do personagem) na versão original. Infelizmente as cópias exibidas para a imprensa como as vindas para o Brasil são todas dubladas o que tira um pouco da graça da brincadeira com o sotaque inglês carregado que o ator faz questão de fazer no filme.
A versão brasileira ficou por conta do ator Gregório Duvivier que além de dublar o personagem Pavio Curto (que no original é dublado por Ken Jeong de Se Beber Não Case), também é responsável pela adaptação do roteiro. O filme ainda assim é um ótimo entretenimento para toda a família e um ótimo programa de férias para as crianças.
Ficha Técnica
Título Original: The Pinguins of Madagascar
Título no Brasil: Os Pinguins de Madagascar
Direção: Simon J. Smith e Eric Darnell
Roteiro: Michael Colton, John Aboud, Brandon Sawyer, Alan J. Schoolcraft, Brent Simons, Michael Colton, John Aboud, Eric Darnell e Tom McGrath.
Elenco de Dublagem Versão Americana: Tom McGrath, Chris Miller, Christopher Knights, Conrad Vernon, John Malkovich,Benedict Cumberbatch, Ken Jeong, Annet Mahendru e Peter Stormare.
Elenco de Dublagem Versão Brasileira: Claudio Galvan, Eduardo Dascar, Gustavo Veiga, Hélio Ribeiro, Gregório Duvivier, Christiano Torreão, Marcelo Coutinho, Ronaldo Julião, Márcia Coutinho e Léo Rabelo.
Elenco de Dublagem Versão Brasileira: Claudio Galvan, Eduardo Dascar, Gustavo Veiga, Hélio Ribeiro, Gregório Duvivier, Christiano Torreão, Marcelo Coutinho, Ronaldo Julião, Márcia Coutinho e Léo Rabelo.
Produção: Lara Breay e Tripp Hudson
Edição: Nick Kenway
Trilha Sonora: Lorne Balfe
Gênero: Animação / aventura / comédia
Duração: 93 anos
Ano: 2015
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Filmes
Estúdio: DreamWorks Animation, Pacific Data Images (PDI)
Classificação: Livre
Trailer Dublado
Versão Brasileira
Trailer Dublado
Versão Americana
INVENCÍVEL
Sinopse: O drama retrata a história real do atleta olímpico Louis Zamperini, que sofre um acidente de avião, e cai em pleno mar. Ele luta durante 47 dias para reencontrar a terra firme, e quando consegue, é capturado pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.
Crítica: Em Breve.
Ficha Técnica
Título Original: Unbroken
Título no Brasil: Invencível
Direção: Anjelina Jolie
Roteiro: Joel Cohen, Ethan Cohen reescreveram o roteiro escrito inicialmente por Richard LaGravenese e William Nicholson.
Elenco: Jack O'Connel, Jai Courtney, Domhnall Gleeson, Matthew Crocker, Garrett
Hedlund, Takamasa Ishihar, Finn Wittrock, Maddalena Ischiale, Vincenzo
Amato, John Magaro, Luke Treadaway, Louis McIntosh, Ross Anderson, C.J.
Valleroy, John D'Leo, Alex Russell, Jordan Patrick Smith, Spencer Lofranco, Stephen
J. Douglas, Marcus Vanco, Dylan James Watson, Ryan Ahern, Ross Langley, Michael
Whalley, Anthony Phelan, David Roberts, Sandy Winton, Jack Marshall, Sean McCarthy,
Chris Ovens, Oliver Wright, Kuni Hashimoto, Shinji Ikefuji, Shinji Ogata,Taka
Uematsu, Taki Abe, Matthew McConnell, Yutaka Izumihara, Chikashi Linzbichler, Masako
Fouquet.
Produção: Anjelina Jolie
Fotografia: Roger Deakins
Edição: William Goldenberg e Tim Squyres.
Trilha Sonora: Alexander Desplast
Gênero: Drama / Biografia / Guerra
Duração: 137 minutos
Ano: 2015
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Distribuidora: Universal Pictures
Estúdio: 3 Arts Entertainment, Jolie Pas, Legendary Pictures.
Classificação: 14 anos
Trailer
LIVRE
Sinopse: O filme narra a história real de Cheryl Strayed. Após a morte precoce de sua mãe, ela se afunda no mundo das drogas e acaba se divorciando. Decidida a mudar, ela resolve se lançar na natureza, percorrendo uma trilha de 1770 quilômetros.
Crítica: As histórias reais são sempre
interessantes e um dos gêneros mais difíceis de ser contado no cinema, justamente, por ter que cumprir com as regras cinematográficas e respeitar a história original.
E
é isso que o diretor canadense Jean-Marc Vallé conseguiu. O mesmo diretor do
premiado “Clube de Compras Dallas” mostrou ano passado que sabe contar
histórias reais e repetiu com competência uma nova história real, a história de
Cheryl, uma mulher com uma determinação e uma força interior que nem imaginava
que teria.
Para dar vida a essa mulher, a
escolha foi Reese Whipherspoon que está ótima no papel. A trilha tem a missão
de uma busca interior e superação. É como se fosse um caminho de Santiago de
Compostella, só que, nos Estados Unidos. Nem todos que começam essa trilha,
terminam.
O elenco está bem e essa é uma
outra característica do diretor, tirar o melhor de seus atores. Assim como fez
com Matthew McGonagey e Jared Leto, Reese Whiperspoon e Laura Dern deram seu
show. As duas estão indicadas ao Oscar de Melhor atriz e Melhor Atriz
Coadjuvante.Assim como seus colegas no ano passado.
Tecnicamente o filme funciona
muito bem com belas tomadas, uma bonita fotografia, roteiro, montagem e trilha
sonora. E falando em trilha sonora Reese Whiperspoon canta a canção “El Condor
Pasa” junto com Simon & Carfunkell.
Além de ser uma história
interessante, que faz pensar em coisas da vida cotidiana, Livre funciona também como um ótimo entretenimento. E vale a pena
conferir as interpretações das duas atrizes.
Ficha Técnica
Título Original: Wild
Título no Brasil: Livre
Direção: Jean-Marc Vallé
Roteiro: Nick Hornby
Elenco: Reese Witherspoon, Laura Dern, Thomas Sadoski, Keene
McRae, Michiel Huisman, W. Earl Brown, Gaby Hoffmann, Kevin Rankin, Brian Van
Holt, Cliff De, Mo McRae, Will Cuddy, Leigh Parker, Nick Eversman, Ray Buckley,
Randy Schulman, Cathryn de Prume, Kurt Conroyd, Ted deChatelet, Jeffree Newman,
Lorraine Bahr, Jerry Carlton, Kevin Michael Moore, Debra Pralle, Gray Eubank, Anne
Sorce, Charles Baker, J.D. Evermore, Beth Hall, Jan Hoag, Carlee McManus, Art
Alexakis, Anne Gee Byrd, Evan O'Toole, Jeanine Jackson, Lecturer, Jason Newell,
Barry O'Neil, Rich Morris, Bobbi Strayed Lindstrom, Robert Alan Barnett.
Produção: David Greenbaum, Bruna Papandrea, Nathan Ross, Bergen Swanson e Reese Witherspoon.
Fotografia: Yves Bélanger
Edição: Martin Pensa, Jean-Marc Vallée
Direção de Arte: Javiera Varas
Figurino: Melissa Bruning
Direção de Arte: Javiera Varas
Figurino: Melissa Bruning
Trilha Sonora:
Gênero: Drama / Biografia
Duração: 115 minutos
Ano: 2015
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Distribuidora: Fox Filmes
Estúdio: Fox Searchlight Pictures, Pacific Standard
Classificação: 16 anos
Trailer
SE FAZENDO DE MORTO
Sinopse: Um ator em fim de carreira aceita um empregor de interpretar vítimas na reconstituição de crimes, mas logo bate de frente com a juíza da cidade que não gosta de seu envolvimento nos casos.
Crítica: Em Breve.
Ficha Técnica
Título Original: Je fait le mort
Título no Brasil: Se Fazendo de Morto
Direção: Jean Paul Salomé
Roteiro: Jean Paul Salomé, Cécile Telerman e Jérôme Tonnerre.
Elenco: François Damiens, Géraldine Nakache, Lucien
Jean-Baptiste, Anne Le Ny, Jean-Marie Winling, Kévin Azaïs, Nanou Garcia, Corentin
Lobet, Judith Henry, Mathieu Barbet, Cécile Telerman, Antoine Salomé, Eric
Naggar, Caroline Filipek, Camille Saint-Jean, Emma Blunden, Florence Maury, Thierry
Verrier, Aline Chetail, Tiffany Zahorski, Jean-Paul Salomé, Pierre Desmaret, Philippe
Koa, Guillaume Rumiel Braun, Benjamin Robert, Justine Poiret, Isalinde
Giovangigli.
Produção: Michel Saint-Jean, Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne.
Fotografia: Pascal Ridao
Edição: Sylvie Lager
Trilha Sonora: Bruno Coulais
Figurino: Charlotte David
Direção de Arte: Françoise Dupertuis
Figurino: Charlotte David
Direção de Arte: Françoise Dupertuis
Gênero: Comédia
Duração: 104 minutos
Ano: 2013 / 2015
País: França / Bélgica
Cor: Colorido
Distribuidora: Tucuman Filmes
Estúdio: Diaphana Films
Classificação: 14 anos
Trailer
LEVIATÃ
Sinopse: Kolia vive em uma pequena cidade no norte da Rússia com aus jovem esposa e seu filho. Ele passa a ter que enfrentar o prefeito que quer tirar seu negócio, sua casa e sua terra.
Crítica por Carmem Cortez: Leviathan, o filme, utiliza de maneira eficaz referencias
como a religião, e a formulação do
filósofo Thomas Hobbes. O filme trilha o caminho da crítica política, e faz vir
à tona a Russia de Putin, e expurga, ou tenta, seus leviathans do passado. Ele
faz piada em vários momentos da dor, da sua própria amargura; o filme é salpicado de um humor dorido.
Diga-se de passagem um humor ácido e sóbrio.
E capricha nisso. Um ponto alto desse filme, como bem disse meu
amigo Enic Cine, com quem assisti, “humor da dor” é a cena dos tiros ao alvo. E
os alvos dos tiros e do deboche são os líderes do passado: Lenin, Trotsky...
A certa altura, um clérigo da igreja maronita, cita um trecho
da bíblia, precisamente do livro de Jó, para ilustrar que ao confrontar o
LEVIATHAN, não se escapa ileso. E a ele não se derrota. E vemos então, o
personagem Kolya alterar com a inveja, na luta por e contra a riqueza,
segurança e gloria que são os estados naturais do ser humano, segundo Hobbes. Não foi à toa, o filme foi rodado em um lugar aparentemente desprovido de
civilização, de qualquer vestígio de industria, exatamente para acentuar a
condição em que Hobbes coloca o homem dentro da sua formulação política.
Não à toa tambem, um dos mais belos planos, é a do personagem
Roma que ao sair correndo em prantos, pára para sentar em uma rocha ao lado da
ossada de uma baleia. A propósito, essa fotografia ilustra perfeitamente o
cartaz do filme. Este momento é portanto a síntese das duas referencias ao qual o filme lança mão – a da biblia, onde
a baleia é uma das formas representativas do Leviathan, e a alegoria do garoto
que chora, simbolizando uma nova geração que quer declarar guerra a esse poder
centralizador, e que não quer mais outorgar seu direitos - mas se ressente,
porque é perigoso, é doloroso, é exaustivo. Essa dor que o Roma chora, é a dor
da luta travada pelo herói do filme, Kolya, seu pai, que gradativamente
percebe essa realidade. Por fim, essa ossada da baleia, que nos fala do velho
poder – do arcaico, talvez uma imagem emblemática de esperança em derrotar o
Leviatã
Ao que parece o único alívio é o álcool. Costumava-se dizer
por aqui nessas paragens, que a cachaça é a terapia do povo, pois bem, que
seja, com a diferença que lá na Russia se bebe vodka. Há várias cenas em que os
personagens, digamos assim, passaram das medidas na ingestão etílica, e tais
cenas merecem especial atenção por parte do espectador, pois a direção é forte,
dando um suporte vigoroso as brilhantes atuações.
A religião, a política andam de mãos dadas, e dedos
entrelaçados em cada fotograma. Os momentos em que o prefeito aparece
conversando com o patriarca da igreja maronita, a liturgia na cena da missa,
onde a câmera passeia por entre a assistência, captando as expressões
extasiadas no deleite da homilia, ressalta a mensagem de que “a guerra de todos
contra todos” - frase do filósofo e cientista político Thomas Hobbes, está muito
bem articulada nessa obra russa.
Um filme denso, mas que soube expurgar seu Wladimir Putin,
sua Russia dos dias atuais.
Ficha Técnica
Título Original: Leviathan
Título no Brasil: Leviatã
Direção: Andrey Zvyagintsev
Roteiro: Oleg Negin, Andrey Zvyagintsev
Elenco: Alexeï Serebriakov, Elena Liadova, Vladimir
Vdovitchenkov, Roman Madianov
Vladimir Vdovichenkov, Elena
Lyadova, Roman Madyanov, Aleksey Serebryakov, Anna Ukolova, Sergey
Pokhodaev, Kristina Pakarina, Devochka v poezde, Lesya Kudryashova, Aleksey
Rozin, Irina Vilkova, Dmitriy Bykovskiy-Romashov, Sergey Bachurskiy, Irina Graba, Alim Bidnenko, Evgeniy
Yakunin, Irina Ryndina, Sergey Grab, Andrey Belozero, Sergey Zhivotov, Platon
Kamenev, Aleksey Pavlov, Igor Litovkin, Vyacheslav Gonchar, Vladimir Lupanov, Andrey Kolyadov.
Produção: Alexander Rodnyansky, Sergey Melkumov
Fotografia: Mikhail Krichman
Edição: Anna Mass
Trilha Sonora: Jerry Goldsmith
Gênero: Drama
Duração: 141 minutos
Ano: 2015
País: Rússia
Cor: Colorido
Distribuidora: Imovision
Estúdio:
Classificação: 14 anos
Informações Extras: Vencedor de Melhor Filme Estrangeiro - Globo de Ouro 2015 / Melhor Roteiro em Cannes / Melhor Filme - Prêmio da Crítica - Mostra Internacional de São Paulo / Melhor Filme do Ano & Melhor Filme Estrangeiro - London Critic's Circle Film Awards / Indicado ao Oscar 2015 - Melhor Filme Estrangeiro.
Trailer
O SEGREDO DAS ÁGUAS
Sinopse: Em uma ilha subtropical do Japão, tradições sobre a natureza permanecem eternas. Durante a noite de lua cheia das tradicionais danças de agosto, o jovem Kaito, de 16 anos, encontra um corpo flutuando no mar. Sua namorada Kyoko tentará ajudá-lo a desvendar o mistério. Juntos, Kaito e Kyoko aprenderão a ser adultos experimentando a tessitura dos ciclos da vida, da morte e do amor.
Crítica por Carmem Cortez: A água é um elemento que nos fala de emoção. Neste filme há
dois oceanos ou duas imagens de mar diferente um do outro em seu aspecto, em
sua apresentação – um mar é - ou vez por
outra o mar se mostra - calmo, de águas tranquilas, e o outro – ou
por outro lado vemos um mar - de águas agitadas, com ondas quebrando revoltas na arrebentação.
Há duas mães: uma que tem uma família estruturada, com um
marido e uma filha, numa harmoniosa convivência, daquele tipo de convivência de
sentar-se a varanda de casa e jogar conversa fora, cantar alguma canção
(folclórica), e lembrar de situações pitorescas da vida. Na outra via, uma mãe que só tem como família um filho, e vive
com ele uma relação difícil, distante, de desencontros. Desencontro no espaço coabitado, e desencontro afetivo – enquanto ela, a mãe procura ser carinhosa
dentro da medida do seu melhor, o menino a mantem afastada dele próprio.
Uma é tranquila, serena, apenas esperando o seu destino
chegar, o que não vai tardar a acontecer. A outra vive uma vida social /
emocional agitada de romances efêmeros noturnos ao que tudo indica.
Nesse meio, nesse polo que há entre as duas mulheres de
perfis antagônicos entre si, uma aldeia que as vezes é invadida por tufão e com
ele a chuva. Mais uma vez o elemento que denota emoção; uma aldeia que traz um
homem morto ao mar, logo no primeiro terço de projeção, nos alertando que o
filme trata de questões que permeiam nossas vidas, como a morte.
Uma aldeia onde um velho e sábio (todos os aldeões velhos,
são sábios – uma espécie de conselheiro tribal), corta a garganta de um ou
outro cabrito, que passando a navalha sobre o pescoço do animal, e o horror que
tal cena possa nos causar, mas é por certo a garantia da comida à mesa. Uma
metáfora sobre a questão dialética de vida e morte.
A figura do velho é a figura do tempo. O que nos dá o alimento que consumimos para sustento
da alma. Nossas historias, nossas vivencias, que é o que levaremos conosco pra
onde quer que iremos.
As marés são as mães desta história – haja vista a fala de um
dos personagens aos quase 20 minutos finais.
Still The Water (no original), nos fala de vida, de morte, do
tempo. E de como esses personagens lidam com isso.
A frase final do ancião fecha de maneira interessante essa
história, trazendo um delicado desfecho a esse filme japonês bem dirigido, não
deixando dúvidas de que é a ele - o tempo que temos que dar o que de melhor
temos em nós, seja revolto ou serena a nossa natureza. O tempo é quem vai
esperar alguma coisa dos que ainda estão construindo suas histórias. E sábio, o
tempo, enquanto vê os dois jovens nadando no mar, diz que está “...contando com vocês, crianças...”
Um filme pra se refletir um pouco sobre a vida dentro do mar
de cada um de nós.
Ficha Técnica
Título Original: Still the Water
Título no Brasil: O Segredo das Águas
Direção: Naomi Kawase
Roteiro: Naomi Kawase
Elenco: Jun Yoshinaga, Nijiro Murakami, Tetta Sugimoto, Miyuki Matsuda, Makiko Watanabe, Fujio Tokita, Jun Murakami, Hideo Sakaki, Sadae Sakae, Kazurô Maeda, Mitsuaki Nakano
Produção: Masa Sawada, Takehiko Aoki, Naomi Kawase with Olivier Pere, Remi Burah, Luis Minarro, Masaki Miyata, Yuko Naito, Nasahiko Mizuguchi, Nobuya Wazaki e Anne Pernod.
Fotografia: Yutaka Yamazaki
Montador: Tina Baz e Naomi Kawase.
Trilha Sonora: Hashiken
Direção de Arte: Kenji Inoue
Direção de Arte: Kenji Inoue
Gênero: Romance
Duração: 118 minutos
Ano: 2015
País: Japão / Espanha / França
Cor: Colorido
Distribuidora: California Filmes
Estúdio: Kumie
Classificação: 12 anos
Trailer
Nenhum comentário:
Postar um comentário