JASON BOURNE

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JULIETA

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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

FESTIVAL DO RIO: CRÍTICA - "A MULHER DO FAZENDEIRO"

Por Louise Duarte
Todos conhecemos o diretor Alfred Hitchcock por clássicos do suspense como PsicoseUm Corpo Que CaiJanela IndiscretaOs PássarosDisque M Para Matar  entre outros, pode não imaginar que ele já dirigiu alguns filmes da época do cinema mudo. Em A Mulher do Fazendeiro (The Farmer's Wife, 1928) que foi recentemente restaurada pelo BFI National Archive em parceria com o StudioCanal e financiada por Matt Spick e estava na Mostra Hitchcock do Festival do Rio que terminou essa semana. O filme foi estrelado por Jameson Thomas, Liliam Hall Davis e Gordon Harker.
O filme que além de mudo também é uma divertida comédia (gênero que confesso nunca esperei ver o Hitchcock dirigir), conta a história de um fazendeiro que após perder a mulher e realizar o casamento da filha, decide que já é hora de se casar novamente pois já passou tempo suficiente para o seu luto e que a falecida gostaria de vê-lo casado. Com a ajuda da sua fiel cozinheira, ele começa uma busca pela candidata perfeita entre as mulheres de seu círculo social. Mal sabe ele que a cozinheira é perdidamente apaixonada por ele. Um dos grandes destaques do longa mudo em preto e branco é o capataz do fazendeiro que tem algumas das melhores tiradas do filme. Um verdadeiro filósofo.  É divertido acompanhar a tragetória do fazendeiro em busca pela esposa ideal, mas sua ansiedade na procura pela companheira perfeita acaba fazendo com que ele meta os pés pelas mãos, afastando assim as futuras pretendentes.

Com um roteiro simples também escrito por Hitchcock, a história conduz o espectador as atrapalhadas do fazendeiro  Sweetland em busca de uma nova esposa. Jameson Thomas, interpreta o fazendeiro da história e suas expressões faciais conseguem divertir o público, especialmente quando ele é rejeitado pelas mulheres. Já Lilian Hall Davis interpreta Minta, sua fiel cozinheira que o ajuda na busca pela esposa. Sempre ao seu lado, sempre ajudando-o para o que ele precisar, sem questionar. E sem dar a impressão de quanto o ama. Gordon Harker rouba a cena sempre que aparece como o capataz Churdles Ash que acha que o patrão está cometendo um grande erro em querer sem casar novamente e tenta aconselhá-lo proporcionando alguns dos melhores momentos do filme.

Durante a exibição tanto desse como de outros filmes da Mostra Hitchcock do Festival do Rio, todos filmes  em preto e branco e mudos restaurados pelo British Film Institute, as sessões foram acompanhadas do pianista Cadu Pereira que tocou durante toda a projeção dando a sensação de completa imersão no filme.



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