Nessa quinta-feira seis filmes chegam aos cinemas. O Brasil vem com dois filmes, o documentário Olho Nu sobre a carreira do cantor Ney Matogrosso e o drama Praia do Futuro de Karim Aynuz.
Hollywood chega com a nova versão de Godzilla da Warner Bros. , a comédia dramática A Recompensa com Jude Law e a polêmica ficção científica com Scarlett Johanson Sob a Pele.
OLHO NU
Sinopse: A vida e a obra de Ney Matogrosso, retratada a partir do conjunto de imagens e sons que o artista reuniu até hoje em sua casa e existentes em arquivos públicos, em contraponto com as performances atuais.Trata-se de um espetáculo síntese de seu percurso musical que, na montagem do filme, evoca cenas e situações da história de Ney Matogrosso nos palcos e na sua vida cotidiana. Evitando o tom nostálgico e reverente, o longa busca a dimensão humana e sensível de um personagem cuja história se confunde com a melhor tradição do cancioneiro latino-americano.
Crítica: Em Breve.
Ficha Técnica
Título Original: Olho Nu
Título no Brasil: Olho Nu
Direção: Joel Pizzini
Roteiro: Joel Pizzini
Produção: Paloma Rocha, Sara Rocha
Fotografia: Luís Abramo
Trilha Sonora: Ney Matogrosso
Gênero: Documentário
Duração: 101 min.
Ano: 2012
País: Brasil
Cor: Colorido
Estúdio: Canal Brasil / Paloma Rocha Produções Artísticas e Cinematográficas
Classificação: 12 anos
Trailer
PRAIA DO FUTURO
Sinopse:Donato (Wagner Moura) é salva-vidas da Praia do Futuro. Ayrton (Jesuita Barbosa) é apaixonado por motos e admira a coragem do irmão mais velho em se jogar nas ondas para salvar desconhecidos. Um dia, Donato resgata Konrad (Clemens Schick), um turista alemão e não consegue resgatar o amigo de Konrad. As buscas pelo amigo começam ao mesmo tempo que Donato começa sua relação com Konrad.
Crítica: Em Breve.
Ficha Técnica
Título Original: Praia do Futuro
Título no Brasil:Praia do Futuro
Direção: Karim Ainouz
Roteiro: Felipe Bragança, Karim Ainouz
Elenco: Wagner Moura, Clemens Schick, Christoph Zrenner, Jesuíta Barbosa, Demick Lopes, Sophie Charlotte, Emily Cox, Fred Lima, Ingo Naujoks, Jean Philippe Kodjo Adabra, Maj. Barreto, Marcus Davis Andrade Braga, Natascha Paulick, Sabine Timoteo, Savio Ygor Ramos, Thomas Aquino e Yannik Burwiek.
Produção: Geórgia Costa Araújo, Hank Levine
Fotografia: Ali Olay Gözkaya
Montador: Isabela Monteiro de Castro
Trilha Sonora: Volker Bertelmann
Gênero: Drama
Duração: 106 min.
Ano: 2013
País: Alemanha / Brasil
Cor: Colorido
Distribuidora: Califórnia Filmes
Estúdio: Coração da Selva / Hank Levine Film
Classificação: 14 anos
Trailer
GODZILA
Crítica: em breve
Ficha Técnica
Título Original: Godzilla
Título no Brasil: Godzilla
Gênero: Ação
Direção: Gareth Edwards
Roteiro: David Callaham, David S. Goyer, Max Borenstein
Elenco: Aaron Taylor-Johnson, Bryan Cranston,Juliette Binoche,Elizabeth Olsen,Akira Takarada, Al Sapienza, Brian Markinson, Carson Bolde, Ken Watanabe, Chris West, Christian Tessier, CJ Adams, Dan Zachary, David Strathairn, Jake Cunanan, Jeric Ross, Ken Yamamura, Patrick Sabongui, Peter Dwerryhouse, Primo Allon, Raj K. Bose, Richard T. Jones, Sally Hawkins, Victor Rasuk, Warren Takeuchi e Yuki Morita.
Produção: Brian Rogers, Dan Lin, Jon Jashni, Roy Lee, Thomas Tull
Fotografia: Seamus McGarvey
Montador: Bob Ducsay
Trilha Sonora: Alexandre Desplat
Duração: 123 min.
Ano: 2014
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Distribuidora: Warner Bros
Estúdio: Legendary Pictures / Lin Pictures / Toho Company / Vertigo Entertainment / Warner Bros. Pictures
Classificação: 12 anos
Trailer
A RECOMPENSA
Crítica por Filippo Pitanga:“A Recompensa” (Dom Hemingway, 2014), novo filme do diretor Richard Shepard (de “O Matador” e “A Caçada”) pode ser interpretado como um cabo-de-força, o qual, apesar de conter várias falhas na tênue corda quase a arrebentar pra um lado ou pro outro, ainda assim resiste pelo carisma. Grande parte desta duplicidade advém da faca de dois gumes na interpretação titânica de Jude Law como o personagem título no original, Dom Hemingway– bem mais apropriado, já que a personagem dele engole 90% do filme, para o bem ou para o mal.
Isto porque, não obstante Law estar bem caracterizado e se assentar à proposta do filme, que é em si de exageros (de estética multicolorida ao conteúdo verborrágico e agressivo), ainda assim o roteiro contém pontos interessantes o bastante que não mereciam às vezes ser pisoteados sem perdão pelo show solo da efervescência intencional de seu protagonista. Bem, em parte justifica-se: o digníssimo Dom (abreviação inteligente de Domingo Hemingway) é um ladrão que se auto-intitula o melhor arrombador de cofre que já existiu – quando na verdade ele não é “porcaria nenhuma” e não cai na real (o que faz parte da graça) – e a tal “recompensa” do título reducionista em português quer dizer o prêmio que ele reivindica do chefão da máfia, pra quem ele foi fiel não entregando seus cúmplices antes de ir pra cadeia por 12 anos. O custo da lealdade foi não poder ter ajudado a esposa que faleceu de câncer e nem ver a filha crescer.
Não se deixa aqui de reconhecer as láureas do desafio à própria carreira que significou este papel grosseiro e megalômano para o galã Jude Law, os inventivos ângulos de câmera (como a cena dos 3 quadros de macacos), a trilha (como o acidente ao som do irônico mix de Motörhead e Nessum Dorma) além da direção de arte (inegavelmente Tarantiana, já que é um filme SOBRE violência, não necessariamente um filme muito violento). Mas o que salva o filme de só ter emulado filmes policiais espertinhos como “Snatch” e “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”, ambos de Guy Ritchie, ou “Lawyer Cake” deMatthew Vaughn, na verdade, são justamente as quebras de expectativa do roteiro que a grandiloquência de Law às vezes quase rouba indevidamente. A 1ª terça parte cresce uma tensão muito boa e desenfreada até ser quebrada! Literalmente! Isto porque é um filme “com” criminosos e não “sobre” criminosos, já que apela para a vida normal deles (como a parte mais fraca que desanda o ritmo, centrada na filha mal encaixada, porém bem defendida pela famosa intérprete de Daenerys de “Games of Thrones”, Emilia Clarke, onde a danadinha ainda revela ter boa voz!).
Ficha Técnica
Título Original: Dom Hemingway
Título no Brasil: A Recompensa
Direção: Richard Shepard
Roteiro: Richard Shepard
Elenco: Alex Scriven, Amanda Durley, Ben Probert, Can Somer, Chris Cowlin, Deborah Rosan, Demián Bichir, Emilia Clarke, Gary Douglas, Hannah Blamires, Jeanie Gold, Jordan A. Nash, Josh Reeve, Jude Law, Jumayn Hunter, Kerry Condon, Larissa Jones, Madalina Diana Ghenea, Mark Stedman, Matthew C. Martino, Matthew David McCarthy, Michael Degnan, Nathan Stewart-Jarrett, Nick Raggett, Paula Ann Williams, Philippe Pierrard, Ribbon Ross, Richard E. Grant, Richard Graham, Sara Al-Tahan, Simon DeSilva, Stephen McDade e Teresa Mahoney.
Produção: Jeremy Thomas, Nick O'Hagan
Fotografia: Giles Nuttgens
Montador: Dana Congdon
Trilha Sonora: Rolfe Kent
Gênero: Comédia Dramática
Duração: 93 min.
Ano: 2013
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estúdio: BBC Films / Isle of Man Film Commission / Pinewood Studios / Recorded Picture Company (RPC)
Classificação: 16 anos
Trailer
SOB A PELE
Sinopse:Laura é uma E.T. na Terra, disfarçada como uma bela mulher, que vaga por estradas remotas atraindo presas humanas com sua sensualidade. Tudo muda quando ela começa a compreender a complexidade da vida dos seres humanos, até então suas vítimas.
Crítica por Filipo Pitanga: Às vezes alguns artistas que arrastam multidões para arrasa-quarteirões nos cinemas tenta cruzar a fronteira para projetos mais sérios e reconhecidos pela crítica, como Matthew McConaughey conseguiu triunfalmente, mudando de comédias românticas homogêneas para papéis alternativos como O Clube de Compras Dallas e Killer Joe. Já Scarlett Johansson antes de virar musa começou a carreira com duas jóias raras (Encontros e Desencontros e Moça com Brinco de Pérola), depois titubeou, achou parceria com mestre Woody Allen, encontrou os blockbusters e... E agora, para se desvencilhar da difícil teia dos mega orçamentos, pegou projetos transgressores. Primeiro se desfez da beleza hipnotizante brilhando apenas com a voz em Ela. Agora despiu-se de vez para desmistificar o poder de seu corpo como objeto e estudar a alma humana em Sob A Pele (Under The Skin, Jonathan Glazer).
Título Original: Under the Skin
Título no Brasil: Sob a Pele
Crítica por Filipo Pitanga: Às vezes alguns artistas que arrastam multidões para arrasa-quarteirões nos cinemas tenta cruzar a fronteira para projetos mais sérios e reconhecidos pela crítica, como Matthew McConaughey conseguiu triunfalmente, mudando de comédias românticas homogêneas para papéis alternativos como O Clube de Compras Dallas e Killer Joe. Já Scarlett Johansson antes de virar musa começou a carreira com duas jóias raras (Encontros e Desencontros e Moça com Brinco de Pérola), depois titubeou, achou parceria com mestre Woody Allen, encontrou os blockbusters e... E agora, para se desvencilhar da difícil teia dos mega orçamentos, pegou projetos transgressores. Primeiro se desfez da beleza hipnotizante brilhando apenas com a voz em Ela. Agora despiu-se de vez para desmistificar o poder de seu corpo como objeto e estudar a alma humana em Sob A Pele (Under The Skin, Jonathan Glazer).
Mas quem for ao cinema apenas checar a famigerada nudez talvez se decepcione profundamente, usada como provocação insensível (assim como Lars Von Trier fez Ninfomaníaca I e II frustrarem aqueles que ansiavam só a pornografia). Quem já está acostumado a vê-la como a Viúva Negra dos Vingadores talvez não espere a obra independente e existencial que irá encontrar. Poder-se-ia aqui apenas relatar a sinopse, mas até ela pode ser um SPOILER, pois a intrigante narrativa revela aos poucos a história, mas não como fatos, e sim como sensações. Luzes nos céus. Salas todas brancas ou todas negras... Ou seja, (quase SPOILER) ela é uma alienígena que dá caronas nas estradas escocesas para seduzir e aprisionar homens em sua teia... como uma viúva negra. Não como no antigo filme A Experiência (cuja sinopse é parecida), pois nada prepara o espectador para o choque de algumas cenas por vir; tanto emocionalmente quanto aterrorizantemente. E depois..., começam a sensibilizar a ET-personagem, de início desprovida de sentimentos, como o espectador-personagem – que passa a se importar e ser parte do teste, com a humanidade em cheque. De predadora, ela passa a ser presa, tendo seu corpo, antes uma isca voluntária, agora transformado num objeto fora de seu controle, a mercê da natureza (inicia a sentir frio, fome, sono, desejo carnal...). E a fotografia do filme reage de acordo, capturando a vastidão das montanhas serpenteantes; a violência do mar; o inóspito do frio...tudo emulando o corpo humano!
Extremamente desafiador e intuitivo, completa a experiência com uma trilha sonora perturbadora, ao som de metal cortante e baques surdos como se num filme de terror, aumentando a tensão, e com imagens abstratas como máquinas, vazios, espaços, luzes que remontam a sensação artesanal de ficção científica mais interpretativa da década de 80, como Fuga de Nova York e Blade Runner. Um salto enorme para o diretor (cuja última notoriedade foi o fascinante Sexy Beast), e para a atriz – Desde já acrescentando cenas inesquecíveis ao cinema como o cruel afogamento na praia; a piedade inspirada no Homem Elefante de David Lynch; e o desfecho, que, ao invés de fechar o ciclo e voltar para a cena inicial e explica-la em miúdos (que a sensação humana até para uma alien pode doer, mas não deixa de valer à pena, como aconteceu com a predecessora de Scarlett despida na abertura), resolve quebrar todas as expectativas num clímax voltando o nosso próprio desejo contra nós!
Ficha Técnica
Título Original: Under the Skin
Título no Brasil: Sob a Pele
Direção: Jonathan Glazer
Roteiro: Walter Campbell
Elenco: Scarlett Johansson, Scott Dymond Antonia Campbell-Hughes, Jessica Mance, Krystof Hádek, Lee Fanning, Michael Moreland e Paul Brannigan.
Produção: James Wilson, Nick Wechsler
Fotografia: Daniel Landin
Montador: Paul Watts
Trilha Sonora: Mica Levi
Gênero: Ficção Científica
Duração: 108 min.
Ano: 2014
País: Estados Unidos
Cor: Colorido
Estúdio: Film4 / FilmNation Entertainment / JW Films
Classificação: 14 anos
Trailer
Nenhum comentário:
Postar um comentário