ESTREIAS DESSE FERIADO DE 15 DE NOVEMBRO DE 2012.

Duas estreias chegam nesse fim de semana, Vamos começar pelo último filme que fecha a saga Crepúsculo, Amanhecer parte 2. Depois o filme nacional de Marcelo Gomes, Era Uma Vez, Eu Verônica.

AMANHECER PARTE 2

Sinopse: Depois do nascimento de Renesmee, filha de Bella Swan (Kristen Stewart) e Edward Cullen (Robert Pattinson), os Cullen se reúnem a outros clãs de vampiros para proteger a criança dos Volturi.

Crítica: Enfim, Amanhecer parte 2 encerra a saga cinematográfica da adaptação dos livros de Stepheny Meyer. Os fãs da saga vão poder conferir a evolução dos filmes desde o primeiro, Crepúsculo, até chegar na conclusão final em Amanhecer parte 2. 

É indiscutível que esse último filme é o melhor em vários aspectos. Para começar,  a história ficou mais interessante. E outro ponto positivo foi a qualidade técnica do filme. A fotografia melhorou consideravelmente e proporciona um belo visual para quem assiste. A abertura é a mais bonita de toda a saga e se prestar atenção vai reparar que toda a beleza das cores vermelha e branca contam uma história. O elenco também está melhor e mais seguro. E os visitantes também chegam com competência. As cenas de ação são bem feitas e até o efeito de matar os vampiros, onde eles quebram o pescoço e separam a cabeça ficou melhor e mais crível que nos filmes anteriores. A maquiagem melhorou, mas está longe de ser indicada ao Oscar de Melhor Maquiagem e os efeitos do rosto do bebê Renesmee poderia ser melhor, mas não é o mais importante do filme. A trilha sonora é boa e retorna em alguns pontos a trilha original do primeiro filme. 

O diretor Bill Condom proporcionou aos fãs um bom desfecho. O filme tem toques bem dosados de romance, humor, ação e ainda reserva uma surpresa quase no fim do filme. A história ficou mais interessante no fim e tem tudo para agradar aos fãs mais ardorosos. 

Uma pena que a pessoa responsável pela seleção de elenco não fez seu trabalho direito e não fez pesquisa para escolher os atores para interpretar os quatro índios brasileiros da amazônia. 

Para começar, os índios da amazônia tem cabelos negros, muito lisos e espessos. O rosto é arredondado. Os olhos são mais puxados e a pele é mais avermelhada como cor de terra. 

Foram escolhidos atrizes mulatas e o ator também nada se parece com índio brasileiro. Somente uma atriz usou peruca lisa e longa, mas o rosto é muito afilado para uma índia da amazônia. As outras duas nada lembram uma índia. Quando a índia Senna chegou na casa dos Cullen, achei que ela era africana. Os dois Índios que chegam depois, também nada tem haver como o povo da amazônia. O índio parece ter saído de "Dança Com Lobos" e a índia é a mulata mais negra de todas. Isso sem falar nas vestimentas, índios brasileiros não usam roupas de couro.

Mas concordo com as outras escolhas. A melhor escolha é de Rami Malek que faz o vampiro egício Benjamim que tem o poder de controlar os elementos da natureza. É o mais carismático dos novos vampiros. A irreverência fica por conta do vampiro americano Garrett interpretado por Lee Pace.  Os vampiros romenos também foram bem escolhidos. Para dar vida aos vampiros que querem se vingar dos Volturi, os atores Noel Fisher e Guri weinberg capricharam no sotaque romeno. 

Quanto ao elenco principal do filme, estão melhores sim. Os personagens também cresceram, se tornaram mais interessantes.

Kristen Stewart cresce ao transformar sua Bella de um personagem meio sem graça em uma Bella mais interessante, mais forte e mais decidida. A Bella como vampira proporcionou a atriz usar mais elementos sem cair no caricato.

Robert Pattinson continua quase o mesmo, mas sua interpretação está mais controlada e mais crível. Edward Cullen está mais na medida sem tantos exageros quanto no primeiro filme.

Taylor Lautner está bem como Jacob, o Lobo protetor. E o diretor poupou o ator de andar o filme todo sem camisa. Ele  se concentrou mais em como Jacob vai lidar com toda a nova situação de conviver com novos vampiros e também fica mais comedido sem tantas explosões de humor.

Os Cullen estão bem e o personagem de Rosely, vivido por Nikki Reed,  também cresceu a medida que foi se aproximando de Bella. Assim como Edward e Jacob, ela se torna mais uma protetora incondicional de Bella.

Os Volturi estão como sempre, arrogantes na pele de ótimos atores como Michael Sheen e Dakota Fanning.

O clímax do filme fica por conta da batalha travada entre os Cullens e seus aliados contra os Volturi. Em alguns momentos do filme, os poderes especiais dos vampiros me fez lembrar dos poderes especiais dos X-Men.

Amanhecer parte 2 vale o entretenimento e com certeza vai agradar quem acompanha a saga desde o início. É capaz desse último filme atrair o interesse de quem ainda não leu os livros de Stephenie Meyers. Isso é um ponto positivo do cinema, despertar o interesse pela leitura.

Ficha Técnica:

Título Original: The Twilight saga: Breaking dawn part 2

Título no Brasil: Amanhecer parte 2

Diretor: Bill Condon

Elenco: Kristen Stewart, Dakota Fanning, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Anna Kendrick, Michael Sheen, Ashley Greene, Maggie Grace, Nikki Reed, Kellan Lutz, Jackson Rathbone, Cameron Bright

Produção: Wyck Godfrey, Stephenie Meyer, Karen Rosenfelt

Roteiro: Melissa Rosenberg

Fotografia: Guillermo Navarro

Trilha Sonora: Carter Burwell

Duração: 117 min.

Ano: 2012

País: EUA

Gênero: Drama

Cor: Colorido

Distribuidora: Paris Filmes

Estúdio: Summit Entertainment

Classificação: 14 anos

Era Uma Vez, Eu, Verônica

sinopse: Verônica (Hermila Guedes) tem 24 anos e acaba de terminar o curso regular de Medicina. Mora com o pai, José Maria, muito mais velho que ela. A mãe morreu quando ela era ainda pequena. A casa é cheia de discos de vinil antigos. No momento, Verônica não tem mais tempo para discos, para cantar músicas ou mesmo para noitadas com as amigas, pois trabalha em um ambulatório de Psiquiatria de um hospital público. Em uma dessas noites de volta para casa, Verônica, já cansada de tanto ouvir problemas alheios, decide usar o gravador, fiel companheiro das provas da faculdade, para narrar, em forma conto de fadas, os próprios problemas. E começa: Era uma vez eu, uma jovem, brasileira...

Crítica: Infelizmente o filme de Marcelo Gomes não consegue alcançar o objetivo, se comunicar co o público. O filme começa sem sentido e termina sem sentido. As tomadas são um ponto de interrogação, como fazer uma tomada de um diálogo em que a cena não aparece inteira e não mostra as pessoas em cena? Apenas close na personagem Verônica de Hermila Guedes. 

Uma pena, teria tudo para fazer crescer o cinema nordestino como cinema urbano, mas se perde por completo. A montagem é sem dúvida a pior coisa do filme. Filme com cortes bruscos, emendas de cenas a mostra e a transição entre eles não faz sentido. Quando você espera a cena acontecer, ela muda para outra que não completa aquela que você foi interrompido sem a menor explicação. 

Hermila Guedes já teve atuações melhores, e o mesmo digo do ator João Miguel que sempre teve ótimas atuações em seus filmes. Outra pena foi desperdiçar o talento de Mauve Jinkings em uma figuração de luxo, ela nada fala, apenas chora por 10 segundos. A melhor atuação é sem dúvida de W.J Solha. 

O filme com classificação etária de 18 anos por conter muitas cenas de sexo explicito. Inexplicavelmente, esse filme foi premiado no Festival de Brasília. Para quem quiser conferir, são 90 minutos de filme. 

Ficha Técnica:

Título Original: Era Uma Vez, eu, Verônica.

Diretor: Marcelo Gomes

Elenco: Hermila Guedes, João Miguel, W. J. Solha, Renata Roberta, Inaê Veríssimo

Produção: João Vieira Jr., Sara Silveira

Roteiro: Marcelo Gomes

Fotografia: Mauro Pinheiro Jr.

Duração: 90 min.

Ano: 2012

País: Brasil

Gênero: Drama

Cor: Colorido

Distribuidora: Imovision

Estúdio: Dezenove Cinema e Televisão / REC Produtores / Umedia

Classificação: 18 anos