O Cinema entre Nós:
A Rua, a Sala de Cinema e
a Ocupação dos Espaços Urbanos
Cine Carioca |
Cine Carioca Foyer |
Há anos atrás nossos bairros eram repletos de salas de cinema todos na beira da rua. Algumas salas eram em antigos prédios imponentes que faziam parte da arquitetura histórica do Rio de janeiro. Alguns cinemas tinham endereços nobres como cine Rian na Avenida Atlântica no coração da praia de Copacabana, um dos mais belos cartões postais do mundo. Com a chegada dos shoppings centers pela cidade, os cinema foram se abrigando nos shoppings e as belas salas foram perdendo espaço, fechando e dando lugar a igrejas evangélicas e lojas comerciais. Poucas salas sobreviveram , mas as que sobreviveram vivem no coração de cada carioca, os de nascimentos e os cariocas adotados por essa cidade sempre receptiva como coração de mãe.
Com esse tema a Cinédia Cena Criativa achou que o tema merecia mais atenção e está promovendo dois encontros sobre o assunto com a Jornalista Thalita Ferraz, nos dias 18 e 25 de junho, às 19h até 21h. Para quem se interessar em participar dos encontros, aqui vão as informações:
Sobre o Tema
Os
cinemas de rua do passado eram uma das grandes referências urbanas da
população. Significavam o lazer mais constante, mas também o ponto de
encontro, a área nobre, um dos lugares que constituíam a sociabilidade
carioca. Morar em Copacabana, na Tijuca ou em Ramos se traduzia, entre
outras formas, em viver perto do Roxy, do Metro ou do Rosário.
Imponentes ou poeiras, os cinemas diziam para onde íamos e de onde
vínhamos, tendo uma forte ligação com o espaço
urbano. E agora, no tempo dos shoppings, o que nos dizem? O que
significam as salas de rua que sobraram? Em dois dias de curso,
estudaremos a importância das salas de cinema de rua para a cidade, com
foco em casos de bairros como Tijuca, Botafogo, Centro e subúrbios. No
que mudam a cidade, as ruas, as praças, os trajetos, e as próprias
pessoas, qu
ando o cinema sai de cena no espaço público e passa a ser mais uma
opção de consumo nos shopping centers?
1º Encontro – 18 de Junho - Salas de cinema de rua e ocupação do espaço urbano no Rio de Janeiro
●O caso da Cinelândia da Tijuca
●A Cinelândia e os cinemas da Zona da Leopoldina
●A corporeidade dos espaços: cinemas como parte da construção coletiva dos espaços
●Cinemas, rua, afetos e encontros nas engrenagens das produções de subjetividade
2º encontro – 25 de Junho - O “fim” dos cinemas de rua e o esvaziamento urbano
●O fechamento dos cinemas: “olhos” urbanos que se fecham
●Consumo e abreviação: o caso das salas de shopping
●Sala de cinema e mobilidade urbana: os acessos às salas de cinema e a relação transeuntes / motoristas
●As exceções e sobrevidas da sala de rua no Rio de Janeiro
Investimento
Dois dias - R$110,00
Um dia - R$55,00
Cine América |
Bruni Copacabana |
Metro Tijuca |
Cine Olinda |
Talitha Ferraz
é jornalista, doutoranda da Escola de Comunicação da UFRJ (ECO-UFRJ), e
mestre em Comunicação e Cultura pela mesma instituição. É professora
dos cursos de graduação em Comunicação Social da Universidade Estácio de
Sá (Madureira) e da Universidade Salgado de Oliveira (Universo-
Niterói). Como discente, faz parte do grupo de pesquisa Estudos da
Cidade e da Comunicação e da Coordenação Interdisciplinar de Estudos
Contemporâneos (CIEC), vinculados à ECO-UFRJ. É autora dos livros “A
Segunda Cinelândia Carioca: cinemas, sociabilidades e memória na
Tijuca”, “Sobressência” e “Gritos nas entrelinhas”.
Cinédia Cena Criativa
Rua Santa Cristina, nº 05 – Glória – CEP 20241250 – Rio de Janeiro - RJ
Tel: (21) 2221-2633
email: cinediacenacriativa@gmail.com
Que saudade dos cinemas de Copacabana. E também de uma época em que celulares não eram onipresentes.
ResponderExcluirÉ verdade, Miguel! também não tinha lugar marcado, a bombonier não era cara e a pipoca era do carrinho do pipoqueiro na porta do cinema.
ExcluirAntigamente tinha-se "CINEMAS". . .Hoje tem salas de projeção...Nunca que essas salas de projeção de Shopping tem o mesmo glamour dos cinemas de outrora...Nunca.
ResponderExcluirÉ verdade que não o mesmo charme, mas também são boas. Principalmente as salas IMax e Vip.
ExcluirLembro que naquela época, já existia o "merchandising" em cima dos lançamentos de filmes, como o chocolate "Ben-Hur", lançado junto com a exibição do filme homônimo e distribuído de graça na entrada do cinema, na estréia. Quando o filme saiu de cartaz, o chocolate virou "Prestígio", vendido até hoje com a mesma embalagem (vermelha e branca) daquele tempo. A partir daí, muitos exemplos iguais se seguiram, principalmente nas estreias de filmes infantis.
ResponderExcluirMas o que mais as pessoas gostavam no cinema era... do geladinho ar-condicionado que as salvavam do calor do
verão carioca.