JASON BOURNE

JASON BOURNE

JULIETA

JULIETA

quinta-feira, 7 de julho de 2016

ESTREIAS DO DIA 07 DE JULHO DE 2016

Nesta semana estreiam seis filmes nas salas de cinema no Brasil. Temos exemplares do Brasil, Estados Unidos, Espanha e uma co - produção entre Bélgica e França.

O Brasil tem uma produção: O documentário "Menino 23 - Infâncias Perdidas no Brasil".

Os Estados Unidos têm três produções: A animação "A Era do Gelo - Big Bang", o drama "Florence: Quem é Essa Mulher?" e o documentário "Janis: Little Girl Blue".

A França tem uma produção: A comédia dramática "Um Belo Verão", em co - produção com a Bélgica.

Para fechar as estreias da semana, a Espanha tem uma produção: "Julieta".


MENINO 23 - INFÂNCIAS PERDIDAS NO BRASIL

Sinopse: A partir da descoberta de tijolos marcados com suásticas nazistas em uma fazenda no interior de São Paulo, o filme acompanha a investigação do historiador Sidney Aguilar e a descoberta de um fato assustador: durante os anos 1930, cinquenta meninos negros e mulatos foram levados de um orfanato no Rio de Janeiro para a fazenda onde os tijolos foram encontrados. Lá, passaram a ser identificados por números e foram submetidos ao trabalho escravo por uma família que fazia parte da elite política e econômica do país, e que não escodia sua simpatia pelo ideário nazista. Aos 83 anos, dois sobreviventes dessa tragédia brasileira, Aloísio Silva (o “menino 23”) e Argemiro Santos, assim como a família de José Alves de Almeida (o “Dois”), revelam suas histórias pela primeira vez.


Crítica por Alê Shcolnik: Em breve.




Ficha Técnica


Título Original: Menino 23 - Infâncias Perdidas no Brasil

Título no Brasil: Menino 23 - Infâncias Perdidas no Brasil

Direção: Belisario Franca

Gênero: Documentário

Ano: 2016

País: Brasil

Distribuidor: Elo Company.




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A ERA DO GELO - BIG BANG

Sinopse: Quinta aventura da franquia A Era do Gelo, que gira em torno do trio Manny, Diego e Sid  e paralelamente o esquilo Scrat persegue sua noz de maneira interplanetariamente divertida e interferindo a distância como em todos os filmes anteriores.
Crítica por Andrea Cursino: Em pensar que tudo começou com o esquilo Scrat perseguindo sua amada e idolatrada noz, em um curta no Anima Mundi.  no Rio de Janeiro. O carioca Carlos Saldanha, o criador desse personagem tão carismático, se tornou um dos nomes fortes da animação mundial e transformou A Era do Gelo em uma franquia de sucesso mundial.  A Fox Filmes e a Blue Sky acreditaram no potencial do filme e trouxe para as salas de cinema seu quinto longa.

Desta vez, o longa é dirigido por Mike Thurmeier e produzido por Carlos Saldanha e como sempre Scrat e sua noz aprontam das suas. Nesse longa o esquilo tem uma participação maior fazendo uma costura entre a história dos outros protagonistas do longa, Sid, Manny e Diogo. De forma mais elaborada em termos de técnica de animação com uma fotografia que valorizou muito o trabalho da computação gráfica temos um Scrat intergaláctico que redesenhou a galáxia. E suas peripécias interferem diretamente na história do trio, mas mesmo assim, ele não interage com outros personagens.

O filme é divertido e tem um bom ritmo com uma caprichada montagem e uma trilha sonora harmônica. Os efeitos sonoros são bem feitos e vale a pena pagar o ingresso de uma sala Xplus, Imax, XD e Kinoevolution para desfrutar ao máximo de toda tecnologia utilizada no filme para entreter e dar uma sensação de imersão no filme.

As mensagens são boas e tem o foco da família e dos amigos. O roteiro também é bom e conseguiu tornar o quinto longa melhor que o anterior. A Era do Gelo: O Big Bang é um filme divertido para toda a família.




Ficha Técnica

Título Original: Ice Age: Colision Course

Título no Brasil: A Era do Gelo: Big Bang

Direção: Mike Thurmeier

Roteiro: Michael Berg

Elenco de dublagem versão brasileira:  Tadeu Melo, Márcio Garcia, Diogo Vilella, Cláudia Gimmenez, 

Elenco de dublagem versão Americana: Adam DeVine, Chris Wedge, Denis Leary, Jennifer Lopez, Jesse Tyler Ferguson, Jessie J, John Leguizamo, Keke Palmer, Max Greenfield, Melissa Rauch, Michael Strahan, Neil deGrasse Tyson, Nick Offerman, Ray Romano, Simon Pegg, Stephanie Beatriz, Wanda Sykes

Produção: Carlos Saldanha e Lori Forte.

Fotografia: Renato Falcão

Montagem: James Palumbo

Trilha Sonora: Mark Mothersbaugh

Gênero: Animação

Duração: 100 min.

Ano: 2016

País: Estados Unidos

Cor: Colorido

Distribuidora: Fox Film

Estúdio: Blue Sky Studios / Twentieth Century Fox Animation

Classificação: Livre

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FLORENCE: QUEM É ESSA MULHER? 


Sinopse: Florence Foster Jenkins é uma nova iorquina herdeira de uma grande fortuna cujo sonho é ser uma grande cantora de ópera, entretanto, ao contrário do que pensa, ela tem uma péssima voz. St. Clair Bayfield tenta protegê-la, mas depois de um concerto desastroso sua carreira ficará em perigo.
Crítica por Andrea Cursino: O filme dirigido pelo britânico Stephen Frears fala da história real de Florence Foster uma herdeira nova-iorquina de uma fortuna que vira mecenas de músicos. Esse fato a faz realizar seu grande sonho em ser cantora, mas mergulhada na mentira que é uma exímia cantora, onde na verdade é desafinada e tem harmonia para cantar. Casada com um bonito e charmoso marido britânico que a protege da verdade e faz verdadeiros malabarismos para manter sua amada Florence feliz acreditando possuir o dom do canto.

 A vida de Florence fica permeada por ser superprotegida em meio a uma farsa que ela não tem uma real noção, embora que a interpretação de Maryl Streep deixa em algumas expressões faciais a informação que no fundo no fundo ela sabe que não é boa cantora. Maryl Streep está mais uma vez nos proporcionando um show de interpretação, mas desta vez ela não brilha sozinha, ela está muito bem acompanhada de Hugh Grant e Simon Wolowitz.  Que estão excelentes! Simon Helberg é mais conhecido por seu personagem Howard Wolowitz da série “The Big Bang Theory” e surpreende ao fazer algo completamente diferente do seu habitual. Ele se destaca até quando atua sem falar uma única palavra, os olhos dele transmitem exatamente as intenções do personagem. Ele deixa o pianista Cosmé fluir naturalmente que se torna impossível não prestar atenção nele.

O roteiro de Nicholas Martin é linear e mostra as diferenças entre quem realmente tinha afeição por Florence e quem estava apenas bajulando uma mulher muito rica e apaixonada por música. Martin não mergulha a fundo na vida de Florence, ele traceja os últimos anos da mecenas.
Uma bela fotografia e uma montagem que valoriza os efeitos visuais para recriar a Nova York da época.

Podemos identificar a assinatura britânica na detalhada direção de arte que proporcionou uma reprodução fiel de cenários e objetos. Os personagens estavam muito bem caracterizados. Maquiagem, cabelos e figurinos impecáveis. Tudo isso bem alinhavado pela bela trilha sonora de Alexandre Desplat.

O filme vale pela ótima direção de arte e pelas maravilhosas atuações do trio Streep/Grant/Helberg. 






Ficha Técnica

Título Original: Florence Foster Jenkins

Título no Brasil: Florence: Quem é essa mulher?

Direção: Stephen Frears

Roteiro: Nicholas Martin

Elenco: Christian McKay, Danny Mahoney, Dar Dash, David Haig, David Menkin, Dilyana Bouklieva, Elliot Levey, Greg Lockett, Hugh Grant, James Sobol Kelly, John Kavanagh, Jorge Leon Martinez, Josh O'Connor, Liza Ross, Marie Borg, Mark Arnold, Martin Bratanov, Martyn Mayger, Meryl Streep, Neve Gachev, Nina Arianda, Paola Dionisotti, Phelim Kelly, Philip Gascoyne, Philip Rosch, Rebecca Ferguson, Rosy Benjamin, Sid Phoenix, Simon Helberg, Solomon Taiwo Justified, Stephanie Lane, Tony Paul West

Produção: Michael Kuhn, Tracey Seaward

Fotografia: Danny Cohen

Montagem: Valerio Bonelli

Trilha Sonora: Alexandre Desplat

Gênero: Drama

Duração: 110 min.

Ano: 2016

País: Estados Unidos

Cor: Colorido

Distribuidora: Imagem Filmes

Estúdio: BBC Films / Pathé / Pathé Pictures International / Qwerty Films

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JANIS: LITTLE GIRL BLUE

Sinopse: Documentário narrado pela cantora e compositora Cat Power sobre a vida de Janis Joplin.
Crítica por Raquel Duarte Garcia: O documentário "Janis Joplin: Little Girl Blue” com direção de Amy Berg desmistifica o mito da artista, considerada a “Rainha do Rock in Roll” com sua trajetória de vida desde os tempos de menina. A sua narrativa consegue prender o espectador do começo ao fim e utiliza o método clássico de como os fatos vão acontecendo em sua breve carreira, mas que foi muito marcante, pois estava à frente de seu tempo em todos os sentidos.

Já no início do documentário com sua narração de voz e as fotos do álbum de família vemos uma menininha que só queria um pouco de atenção e ser feliz, pois antes da fama, ela mesma não acreditaria que chegasse a tanto. O documentário ainda trás algumas curiosidades, como o fato de Janis ter sido considerada o “menino mais feio da classe” e isso lhe doeu na alma como retratou o seu amigo de escola em depoimento.

O seu ingresso no mundo da música começa amadoramente quando entra para Universidade do Texas e começa a cantar com amigos e se destaque pelo seu timbre diferenciado de voz por ser muito forte e expressivo e logo em seguida entra para banda Big Brother como vocalista e se destaque por ter um vozeirão com suas performances de palco. Outro ponto que marca foi quando conseguiu falar com Bob Dylan em um show e afirmou: - “Um dia serei famosa”! Onde Dylan responde: - “Todos nós somos”!

É um documentário que vai muito além de sua carreira artística, pois atrás daquela máscara existe uma mulher frágil cheia de traumas e um deles foi o de não ter sido convidada para o baile de formatura. Apesar disso foi bem sucedida profissionalmente e ter se destacado no festivalPop de Monterey” com banda através de seus vocais. Janis não escondia a sua vontade de sair das drogas e o seu apreço pela família da qual era muito ligada mesmo distante e vemos isso através das inúmeras cartas que escreve para seus pais.

No final a “heroína” a afasta de muita gente a até vêm ao Rio de Janeiro para tentar se livrar do vício e continua assim entre idas e vindas. Na verdade se considerava uma menina muito infeliz e a pergunta que não quer calar é a de John Lennon nos créditos: “- Deviam nos perguntar é: Por que usamos”?



Ficha Técnica

Título Original: Janis: Little Girl Blue

Título no Brasil: Janis: Little Girl Blue

Direção: Amy Berg

Roteiro: Amy Berg

Produção: Alex Gibney, Jeff Jampol e Katherine LeBlond.

Fotografia: Francesco Carrozzini e Jenna Rosher.

Montagem: Billy McMillin, Brendan Walsh, Garret Price, Mark Harrison e Maya Hawke.

Gênero: Documentário

Duração: 103 min.

Ano de produção: 2015

Ano de estreia: 2016

País: Estados Unidos

Cor: Colorido

Distribuidora: Zeta Filmes

Estúdio: Disarming Films / Jigsaw Productions

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UM BELO VERÃO


Sinopse: Delphine é filha de fazendeiro que se cansa da vida provinciana e vai se aventurar em Paris. Lá ela conhece Carole, uma mulher casada e feminista, por quem se apaixona. Esta será sua primeira experiência afetiva com outra mulher. Porém, uma reviravolta na vida de Delphine colocará à prova o amor entre as duas.
Crítica por Rodrigo Figueiredo: “Um Belo Verão” mostra a força do amor em meio ao turbulento período em que as mulheres reivindicam a igualdade de direitos na Paris dos anos 70.

O filme, que está no Festival Varilux de cinema francês de 2016, conta a história de Delphine (Izia Higelin), moça que vive com seus pais no interior da França. Até que, num determinado momento, ela resolve seguir sua vida sozinha indo para Paris, numa época em que a luta do movimento feminista está em ponto de ebulição. Delphine se junta a um grupo de mulheres e conhece Carole ( Cecille de France), uma das líderes do grupo e de uma beleza estonteante. Elas se tornam pessoas muito próximas e acabam se apaixonando uma pela outra.

Dirigido por Catherine Corsini (Partir – 2009), o longa tem seu ponto forte no competente roteiro escrito pela diretora e por Laurette Polmanns, que consegue prender a atenção do telespectador através da construção de diálogos inteligentes e coerentes, além da sintonia e interpretações cativantes das protagonistas, mostrando os percalços de um amor que terá que ultrapassar inúmeras barreiras até atingir sua plenitude.

Por fim, o longa que mostra o quanto nossas escolhas são importantes para o crescimento pessoal e as consequências que vêm junto. Vale a pena o ingresso para assistir essa belíssima história de amor em meio ao preconceito exacerbado. 





Ficha Técnica

Título Original: La Belle Saison

Título no Brasil: Um Belo Verão

Direção: Catherine Corsini

Roteiro: Catherine Corsini, Laurette Polmanss

Elenco: Alix Bénézech, Antonia Buresi, Benjamin Baroche, Benjamin Bellecour, Bruno Podalydès, Calypso Valois, Cécile De France, Dominique Bernardi, Izïa Higelin, Jean-Henri Compère, Juan Lopez Ballo, Julie Lesgages, Kevin Azaïs, Laetitia Dosch, Loulou Hanssen, Mika Tard, Nathalie Beder, Nathalie Lovigui, Noémie Lvovsky, Sarah Suco

Produção: Elisabeth Perez

Fotografia: Jeanne Lapoirie

Montagem: Frédéric Baillehaiche

Trilha Sonora: Grégoire Hetzel

Gênero: Comédia Dramática

Duração: 105 min.

Ano de produção: 2015

Ano de estreia: 2016

País: Bélgica / França

Cor: Colorido

Distribuidora: Pandora

Estúdio: Chaz Productions / Pyramide Productions



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JULIETA

Sinopse: Julieta vive com sua filha Antía e sofre com a perda de seu marido, Xoan. Isso faz com ela e sua filha se distanciem muito. E, quando completa 18 anos, Antía sai de casa sem dar satifações e faz com que Julieta perceba o quanto não conhece a moça.
Crítica por Juliana Menezes: Todos os filmes de Pedro Almodóvar são muito aguardados, e com o novo Julieta não poderia ser diferente. O diretor chega com seu estilo marcante porém trazendo o drama mais incomum dentre todos seus filmes. O que move o longa não são as lágrimas, mas sim uma amargura na alma das personagens que revela pouco a pouco os acontecimentos.

Após um encontro casual com a antiga melhor amiga da filha, Julieta desiste de se mudar com o namorado para Portugal e volta a viver no bairro em que morou a muitos anos atrás. Ela já não é mais a mesma, a amargura tomou conta de seus pensamentos e ela começa a escrever uma carta para Antía (Blanca Parés), sua filha que a abandonou sem nenhum motivo ou explicação a mais de doze anos.

O passado e o presente que dão o rumo ao filme, mostrando os acontecimentos que levaram a vida de hoje de Julieta ser como é. A Julieta do passado em sua juventude (Adriana Ugarte) era vibrante e feliz, a do presente, madura (Emma Suárez) é uma pessoa austera, que tem as cicatrizes da vida. O mistério sobre que fatos ocorreram para levar essa mulher a transformasse de forma tão intensa, deixa o filme com um misto de tristeza e tensão. Conforme a história vai sendo revelada, o espectador vai pouco a pouco montando o quebra cabeça do motivo de tudo na vida de Julieta ter ficado tão deprimente, é o segredo que conduz a história. As atrizes das duas versões de Julieta trazem ótimas atuações, a atriz Rossy de Palma também está muito bem num papel de coadjuvante.

Como em outros filmes do diretor, ele aborda a relação das mulheres, de mães e filhas e os conflitos de família. Mostra como as mulheres cuidam umas das outras, mesmo numa inversão de mãe e filha. Trazendo as reações do luto, e como cada pessoa enfrenta de uma forma distinta a perda.

O vermelho, sempre presente nos seu filmes, está lá como sua marca, as cores como de costume norteiam os acontecimentos e dão luz as cenas, tanto nos momentos felizes como nos de desespero e tristeza profunda. As locações e cenários internos são especialmente pensados para os momentos exatos do filme, mostrando toda a preocupação com cada detalhe na comunicação não verbal.

Inspirado em três contos da escritora canadense Alice Munro, ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura, com uma bela trilha sonora e fotografia, Julieta é um daqueles filmes que mostram um cinema rico e elegante, com roteiro bem escrito e direção excelente. Agregando muita a sua carreira, num drama seco e diferente de seus outros, Julieta é instigante.





Ficha Técnica

Título Original: Julieta

Título no Brasil: Julieta

Direção: Pedro Almodóvar

Roteiro: Alice Munro, Pedro Almodóvar

Elenco: Adriana Ugarte, Emma Suárez, Rossy de Palma, Daniel Grao, Darío Grandinetti, Inma Cuesta, Agustín Almodóvar, Bimba Bosé, Michelle Jenner, Pilar Castro, Blanca Parés, Priscilla Delgado,Nathalie Poza, David Delfín, Sara Jiménez, Susi Sánchez, Joaquín Notario, Mariam Bachir, Elena Benarroch,  Esther García,  Jimena Solano, Ramón Agirre, Jorge Pobes, María Mera,  Paqui Horcajo,    Ramón Ibarra e   Tomás del Estal.

Produção: Agustín Almodóvar e Esther García.

Fotografia: Jean-Claude Larrieu

Montador: José Salcedo

Trilha Sonora: Alberto Iglesias

Gênero: Drama

Duração: 96 min.

Ano: 2016

País: Espanha

Cor: Preto e Branco

Distribuidora: Universal Pictures Brasil

Estúdio: El Deseo S.A.

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