Crítica por Alê Shcolnik: Janis Joplin foi um dos ícones mais influentes do rock de
todos os tempos, mas sua marca na cultura mundial vai muito além. Ela inspirou
uma geração e abriu portas para roqueiras do mundo inteiro que surgiram depois.
Neste documentário, vida profissional e pessoal se
entrelaçam, seguindo bem pela linearidade do roteiro junto com a boa direção
de Amy Berg. Além disso, a sonorização é
muito boa e a trilha sonora completamenta perfeitamente!
Com depoimentos dos irmãos, amigos e namorados, “Janis:
Little blue girl” te transporta de maneira leve para a história da Rainha e mãe
do Blues.
Acima dos turbulentos casos amorosos e vícios, estava seu
profundo comprometimento com sua música, até sua morte repentina aos vinte e
sete anos. Em “Janis: Little blue girl” a própria Janis narra sua história
através de cartas que escreveu para a família, amigos e amores. E a cantora
Chan Marshall/Cat Power empresta sua voz para a leitura dessas cartas.
A pequena menina do interior do Texas que foi expulsa do
coral em que cantava por não saber seguir direções. desde cedo, Janis já
apresentava sua rebeldia ao mundo, o que, na visão dos pais, era vista como uma
calamidade na família. Seu irmão dizia, que ela fazia questão de ser diferente.
Janis sofreu bullying na escola, o que a deixou marcada pelo
resto da vida. Por conta disso, saiu de casa algumas vezes tentando fazer a
vida se alinhar com seus valores. Inquieta por si só , ela tentou durante muito
tempo achar um padrão para sua vida dentro daquilo que acreditava.
A recíproca entre artista e público era o que a movia. Janis
iniciou a carreira, realmente, no Monterrey POP Festival, onde foi aclamada
pelo público, a partir dali, que ela começou a colher frutos.
As drogas entraram em sua vida ao vinte e cinco anos por
diversão, era apenas um ritual após os shows. Em pouco tempo, começou a abusar
das drogas e do álcool, ela tentou parar algumas vezes sem sucesso. Antes de
morrer, Janis estava à quatro meses sem usar, mas apenas por um desejo, quis
sentir aquela sensação novamente, e assim sua vida foi levada aos vinte e sete
anos, em 4 de outubro de 1970.
Seu último album “Pearl” foi lançado, apenas três meses
depois de sua morte.
Seria esse o preço que se paga para se fazer Arte?
“Janis: Little blue girl” foi selecionado nos Festivais de
Veneza e Toronto 2015.
Em exibição na Mostra Midnight Docs no Festival do Rio.
Trailer
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