JASON BOURNE

JASON BOURNE

JULIETA

JULIETA

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

FAMÍLIA VENDE TUDO

Sinópse: Uma família vê o pouco que tem ir embora quando sua muamba é apreendida pela polícia. Uma idéia ‘brilhante’ e arriscada para conquistar uma bolada, e tirar todos do sufoco: vender a própria filha em um golpe da barriga. O plano faz a vida de um astro da música brega virar do avesso. Assim começa a divertida aventura de Família Vende Tudo, novo filme do cineasta Alain Fresnot, com Marisol Ribeiro, Caco Ciocler, Luana Piovani, Lima Duarte, Vera Holtz, Robson Nunes, Ailton Graça, Juliana Galdino e grande elenco. 
Crítica: Família Vende Tudo é uma comédia cotidiana diferente do habitual. Fala de meneira bem humorada sobre as leis da natureza, ou seja, a capacidade dos seres de se adaptarem as diversas situações. Aqui os personagens não são característicos da tradicional divisão entre bons & maus, e sim, pessoas que possuem os dois lados se equilibrando no politicamente incorreto. As situações são engraçadas e as interpretações são visivelmente harmônicas. A sensação que passa para quem assiste é de estar presenciando um acontecimento em tempo real pela naturalidade dos atores. Todos talentosos sem excessão. Mas destaco o mérito da questão pela bela condução do diretor Alain Fresnot que executou o trabalho mais difícil do conjunto, dirigir o elenco para que todos fiquem na medida certa. É como um maestro regendo uma orquestrar. Vale atenção especial para Marisol Ribeiro em sua estréia no cinema, o que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz do Cine Pe 2011. O mesmo aconteceu com Caco Ciocler que ficou com melhor ator e uma interpretação totalmente diferente do seu habitual. Robson Nunes que é o queridinho de crianças e adolescentes que assistem o Disney Planet, programa do Disney Channel também mostrou do que é capaz e levou o prêmio de Melhor Ator Coadjuvante. Se tiver um prêmio para melhor ator mirim, meu voto vai com certeza para o jovem Rafael Rodrigues que mostrou ser absolutamente diferente de seu personagem e que tem potencial para fazer uma bela carreira no cinema.  

Vale também destacar as participações especiais de Marisa Orth como uma engraçada pastora evangélica e Beatriz Segall como uma apresentadora de programa de auditório que vamos identificando várias apresentadoras de TV enquanto a cena vai acontecendo. A qualidade técnica do filme também é um elemento a ser observado. A direção de arte e a trilha sonora de Arrigo Barnabé também foram premiadas no Cine Pe 2011 com merecimento. 

Resumo da ópera, o filme é engraçado, divertido, polítcamente incorreto e despretencioso. O filme optou seguir a comédia como linguagem para falar de um problema realmente sério que é como tantas famílias se comportam como essa planejando que suas jovens filhas vivam de pensões alimentícias tiradas de homens ricos e famosos.  

Sei que esse é o tipo de filme que divide opiniões justamente pelo fator do políticamente incorreto. Isso incomoda mesmo algumas pessoas, mas a minha sugestão é que vale a pena conferir. 




Lima Duarte e Vera Holtz como Ariclenes e Cida


Robson Nunes(Webster), Marisol Ribeiro (Lindinha)


Marisa Orth como Pastora Marisa

Caco Ciocler como Ivan Carlos

ônibus da turnê de Ivan Carlos 


Ivan Carlos em seu show

Luana Piovani como Jennifer


Lindinha com Ivan Carlos




O Cantor Latino e o diretor Alain Fresnot

Ariclenes com seu ar simples


Cena do programa de auditório

Caco Ciocler, Rafael Rodrigues, Lima Duarte e Alain Fresnot na coletiva com a imprensa no Cinemark Botafogo


O Diretor Alain Fresnot


Rafael Rodrigues no  Cinemark Botafogo


Lima Duarte durante entrevista





Informações cedidas pela Assessoria de Imprensa

DIRETOR/ ALAIN FRESNOT
O desejo de trabalhar com personagens realistas e atuais serviu de inspiração para que o cineasta Alain Fresnot criasse a estória de Familia Vende Tudo, um trabalho diferente dos projetos consagrados que dirigiu: os premiados Ed Mort (1996) e Desmundo (2003), entre outros.
Nascido na França em 1951 e radicado no Brasil desde os seis anos, Fresnot é um cineasta e produtor paulistano que tem se destacado nos últimos anos não só nas telas como também na política cinematográfica. Graduado em Cinema pela Universidade de São Paulo (USP), é ex-presidente da Comissão Estadual de Cinema, presidente da Associação Paulista de Cineastas – APACI, Membro do Conselho Superior de Cinema ligado à Casa Civil. Tem um trabalho intenso nos bastidores do cinema brasileiro sem perder o olhar de artista. Além da estréia de Familia Vende Tudo, Alain Fresnot prepara livro-diário das filmagens em colaboração com a artista e editora Adriana Florence. No momento também produz o longa metragem Raul – O Inicio, O Fim e o Meio, com lançamento previsto para final de 2011.
Por que decidiu filmar Família Vende Tudo?
Eu quis fazer comédia com personagens da realidade. Em Ed Mort fiz um trabalho com personagens irreais, a serviço da fábula; Desmundo é um drama histórico com personagens naturalistas e interpretações realistas. Em Família Vende Tudo me propus unir o enfoque realista a personagens. É um filme que certamente poderá interessar a públicos variados, do mais popular ao mais sofisticado, pois permite diferentes leituras.

Quem é ‘vilão’ nesta história. Personagem ou a situação?
Situação, claro! Mas acredito que não haja vilão, se houver com certeza é a situação. 

No que a trama se aproxima do público?
 A identificação do público virá em função da suas vivências, ao se reconhecer na luta da família pela sobrevivência, seus sonhos e vicissitudes.

Como foi a escolha do elenco?
No trabalho do casting  consegui mesclar atores de grande projeção nacional com estreantes nos papeis principais tendo como denominador comum o talento. Marisol Ribeiro e Juliana Galdino são duas atrizes excepcionais com quem tive a sorte de contar.

E o Xique? Como surgiu a idéia de se criar um gênero musical para o longa?
O filme precisava de um gênero musical popularesco, estruturei, inicialmente, um concurso para definir o ritmo e contei com vários músicos talentosos ,mas infelizmente não conseguimos atingir nessa fase o objetivo. Então convidei o Latino para juntos desenvolvermos o Xique, e assim foi.... 

Porque o menino Bira fuma ?
A família é disfuncional e está em dificuldade, o que explica em parte a desatenção dos pais. Por outro lado, a idéia de fazer o menino ter uma “vocação” de bandido e ser o mais e agressivo da família vai de encontro ao “espírito” geral do filme de quebrar os clichês. Felizmente o menino se redime no final abandonando o vício.

 O seu olhar no filme não poderia ser chamado de cínico?
Não, o olhar do filme sobre as personagens é carinhoso, deixo ao público o trabalho de julgar se suas ações são morais ou não, se são imotivadas ou incompreensíveis. Um filme é como um espelho, reflete o que está a sua frente.

A presença das igrejas evangélicas na trama tinha algum objetivo?
O crescimento das igrejas evangélicas tem sido tão importante no Brasil que dificilmente poderiam ficar de fora, hoje em dia, de qualquer aventura que se passe nas populações pobres. O filme constata a importância disto e tenho certeza dos benefícios que muitas pessoas, ao se sentirem acolhidas, obtém de suas militâncias nas igrejas, independentemente da doutrina.

CACO CIOCLER/ IVAN CARLOS
Ele conheceu o cineasta Alain Fresnot nas filmagens de Desmundo, em 2002. Dali nasceu a amizade entre a dupla e o desejo de trabalharem juntos novamente. Mas Alain Fresnot não facilitou. Propôs a Ciocler um personagem desafiante, que poderia resvalar na caricatura se não interpretado por um grande ator. Desafio aceito. Caco Ciocler mudou o visual e teve de cantar e dançar para criar Ivan Carlos, a personagem já faz parte dos grandes momentos da sua história.
O que levou você a aceitar participar deste filme?
Eu tinha feito um filme já com o Alain, Desmundo. Um filme difícil, importante. Eu estava muito atarefado na época e não fiquei muito feliz com o que fiz no projeto, me senti devendo alguma coisa pro Alain. O diretor me chamou para ajudá-lo nos testes com algumas atrizes para o  Família Vende Tudo e acabou me convidando para o projeto. Achei de uma coragem! Nunca pensei que seria convidado para fazer um personagem como o Ivan Carlos... era ousado, era diferente de tudo o que já tinha feito, não tinha nada a ver comigo, inclusive fisicamente. 

Como se preparou para compor Ivan Carlos ?
Alain sempre nos pediu muita verdade nas construções das personagens. Então fui me aproximando desse universo, vendo entrevistas de bandas que tinham a ver com esse mundo, tentando entender como raciocinavam essas pessoas, a maioria de origem muito humilde e que fez um tremendo sucesso. Existia alguma "confusão" entre a origem humilde e a riqueza e a fama, algum raciocínio muito particular. Fui tentando construir o Ivan a partir disso, desse ruído.  E o cantor Latino me ajudou muito. Eu ficava prestando atenção nele enquanto me ensinava o que achava importante que eu soubesse sobre como me comportar num palco. Mas diferentemente do “Ivan Carlos”,  o Latino tem uma carreira muito sólida, é muito seguro. O Ivan foi uma febre de momento... o filme começa com ele já em decadência. O Ivan é ingênuo.  Fisicamente me propus algumas mudanças. Me consultei com um nutricionista, pois tinha que ficar forte num curto espaço de tempo, fiz bronzeamento artificial, tive aulas de canto e de dança.

Quais referências para chegar ao personagem?
Então, tentei assistir de tudo. Calcinha Preta, Camisa Suada... mas não para imitar ninguém. Queria entender o raciocínio... via mais a parte das entrevistas dos DVDs do que os shows propriamente ditos.

Fale um pouco dos bastidores das filmagens.
Ah, o clima era ótimo. A gente se divertia assistindo os outros atores em cena! Era uma delicia encontrar com os personagens do Lima, da Vera, de todos! Aquele universo bizarro ia sendo criado diariamente e só nos restava embarcar na viagem do Alain, na viagem de cada ator. A gente ria muito. A filmagem do show foi incrivel! Eu estava em cartaz com uma peça e tinha que gravar a cena do Ivan Carlos numa cidade longe. O Latino ia parar um show seu de verdade para eu entrar e gravar a cena. Eu tive que sair correndo da peça em São Paulo, pegar um jatinho que o Alain conseguiu. A avião pousou no meio de um campo, tinha um carro me esperando...foram 35 minutos em alta velocidade, a maquiadora me ajeitando no carro! Chegamos no meio do show do Latino, uma multidão, uma loucura. Aí eu fiquei pronto e entrei para cantar. Não imagina o que foi aquilo. Acho que dificilmente passarei por uma experiência semelhante!


Mocinhos... bandidos...  vítimas. É possível chegar a um consenso sobre os personagens de Família Vende Tudo?
Acho que o barato do Alain foi justamente descostruir essas classificações. Ninguém se salva alí, claro, mas ao mesmo tempo a sobrevivência é uma questão tão primaria para eles. Ninguém é malvado. A gente cria uma empatia por aquelas figuras. O raciocínio é tão torto, tão equivocado que chega a comover. Pelo menos a idéia do Alain  era essa, e penso que ele chegou lá! 

MARISOL RIBEIRO/ LINDINHA
Aos 26 anos, Marisol Ribeiro estréia nos cinemas em um personagem ousado. Um desafio revigorante para a atriz que estreou na televisão em 2003 e já emplacou atuações em seis novelas, além de outros trabalhos. Família Vende Tudo marca uma nova etapa na carreira desta jovem atriz que comprova: não está aqui apenas para personagens angelicais, como sua beleza sugere. Marisol é atriz que vai muito além.
Família Vende Tudo é seu primeiro longa-metragem e já encara o papel de protagonista. Como surgiu o convite para a personagem e porque aceitou convite para viver Lindinha?
Fiz alguns testes com o Alain e então ele me convidou. Lindinha é uma personagem diferente para qualquer atriz. O Alain foi ousado no roteiro, sendo assim, sabia que iria ser um desafio, e que teria a oportunidade de dar densidade  a uma menina que vive uma historia tão peculiar.  Eu acho que poucos diretores me dariam esse papel, porque a Lindinha fisicamente não tem nada a ver comigo.
Fale mais sobre a personagem
Alain me deu muita liberdade para criar a Lindinha. Ele me deixou solta, confiou bastante em mim. Ela tem uma grande consciência de si mesma. Eu acho que a Lindinha sabe muito bem onde ela está, quem ela é, e o que ela tem que fazer. Uma coisa muito bonita dela é que não ter vergonha de ser quem é, ela não acha que sua realidade seja um empecilho para conseguir as coisas que almeja.

 Mocinha ou bandida? Você consegue definir a Lindinha?
 Ah... mocinha, claro? Todas nós somos, ainda mais em busca de um amor. Que na verdade era isso que ela estava buscando, acredito. E como ela existem milhões. Toda adolescente se apaixona por um astro. E Ivan é o sonho da garotada, o retrato do ídolo brasileiro.
 O filme traz no elenco grandes atores. Como foi atuar com Lima Duarte, Vera Holtz e companhia?
Sem palavras para descrever a minha honra. E filmando com esses feras só confirmei o que já imaginava. Que a humildade é o principio dessa nossa profissão.

Qual é a mensagem de Família Vende Tudo?
  Acho que é um filme que conta uma história de amor e desamor. E esse contraponto é bem pontuado no filme. Você claramente percebe quando o filme está falando dele e quando está falando da mente humana. E o amor vence, é claro.

FICHA TÉCNICA

Elenco
Lima Duarte   ..................................................................  Ariclenes
Vera Holtz  ......................................................................  Cida
Caco Ciocler   .................................................................   Ivan Carlos
Marisol Ribeiro  ...............................................................  Lindinha
Luana Piovani   ...............................................................   Jennifer
Imara Reis ..................................................................... Eunice
Juliana Galdino   .............................................................  Glória
Ailton Graça  ...................................................................   Oberdã
Robson Nunes ................................................................   Webster

Participação Especial
Beatriz Segall  
Marisa Orth  
Latino  

Produtor de Elenco
Luciano Baldan Junior  
Consultora de Elenco
Vivian Golombek  
Direção de Produção
Wellington Pingo  
Produtores Executivos
Pablo Torrecillas  
Suzana Villas Boas  
Produtor Delegado
Denis Feijão
Direção de Fotografia
José Roberto Eliezer - ABC  
Direção de arte
Alain Fresnot
Fabio Goldfarb  
Figurino
Caia Guimarães
Montagem
José Carone Júnior  
Mariana Fresnot   
Som Direto
Romeu Quinto – ABC
Música
Arrigo Barnabé

Produtores
Elda Thereza Bettin Coltro  
Otelo Bettin Coltro  
Carlos Eduardo Rodrigues  
David Trejo  
Edina Fujii  

Produtores Associados
Lima Duarte  
Ailton Graça  
Caco Ciocler  
Luana Piovani  
Suzana Villas Boas  

Argumento
Alain Fresnot  

Roteiro
Alain Fresnot  
Marcus Aurelius Pimenta  

Direção
Alain Fresnot  

A. F. CINEMA E VÍDEO
A A. F. Cinema e Vídeo foi fundada em 1975, produzindo o longa-metragem Trem Fantasma de Alain Fresnot. Em 1981, com novos sócios e o nome de Tatu Filmes, marcou época no cinema paulista, realizando os longas-metragens Janete, de Chico Botelho, Marvada Carne, de André Klotzel (Semaine de la Critique, Cannes 1985), além de curtas, médias-metragens e filmes publicitários. Em 1988, retomando a denominação A. F. Cinema e Vídeo, a produtora lança Lua Cheia, de Alain Fresnot, Melhor Filme no Rio Cine Festival de 1989.
Em 1997, com a retomada do cinema brasileiro devida à nova legislação de incentivos fiscais, a produtora lança Ed Mort, de Alain Fresnot. Com Paulo Betti, Cláudia Abreu e Chico Buarque entre outros, o filme recebe o Prêmio HBO do Cinema Brasileiro. Em 1998, Kenoma, de Eliane Caffé, participa da Mostra Internacional de Veneza, e ganha o Soleil d’Or de Melhor Filme no Festival de Biarritz de 98, além dos prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção e Melhor Fotografia no Festival de Gàva (Barcelona).
Em 2000, lança Castelo Rá Tim Bum, o Filme, de Cao Hamburger, em parceria com a Columbia Tristar do Brasil, vencedor dos prêmios de Melhor Filme Internacional no Festival Internacional de Filmes de Chicago e Melhor Filme no Festival de Toronto para Crianças. No mesmo ano, lança Através da Janela, de Tata Amaral, vencedor dos prêmios de Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Atriz para Laura Cardoso no último Festival de Miami, além de Menção Honrosa no Festival da Índia.    
Em 2003, Desmundo, de Alain Fresnot, é lançado e a distribuição realizada em parceria com a Columbia Tristar Filmes do Brasil. Vencedor dos prêmios de Melhor Trilha Sonora, para John Neschling e Melhor Atriz Coadjuvante, para Berta Zemel, no 35º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Em 2008, concluiu as filmagens do longa-metragem de ficção “Família Vende Tudo”.
A A.F. Cinema e Vídeo Assina a produção de  “Raul – O inicio, o fim e o meio”, documentário sobre a vida do artista Raul Seixas, com previsão de lançamento em 2011.

Nenhum comentário:

Postar um comentário